03 May 2010

Show do AC/DC em São Paulo

Saída de Belo Horizonte marcada. 23h00 do dia 26/11/2009 (quinta-feira). Dia quente na cidade e noite tranquila para a viagem a São Paulo.
Acompanhado de minha querida namorada Cleisiane e mais dois amigos: Douglas e Nei. Chegavam também os demais componentes da excursão rumo à cidade de São Paulo.
Cervejas e papos descontraídos sobre as expectativas seguiram durante todo o trajeto. Também surgiram citações sobre shows anteriores, quem foi em qual e os futuros grandes concertos de Rock’n Roll que poderiam se realizar no Brasil.
As paradas foram sempre divertidas. Desciam bêbados querendo tomar mais uma, o pessoal do banheiro, aqueles que queriam comer e também os fumantes. Era divertido e empolgante, pois em todas as paradas, e digo “todas” mesmo, haviam muitos outros ônibus com o mesmo destino. O esperado show do AC/DC.
Chegando a São Paulo, fomos direto ao hotel para nos registrarmos, tomarmos um café da manhã e descansar.
Após uma merecida manhã de sono, como combinado, partimos às 16h00 para o estádio do Morumbi. Músicas do AC/DC tocando, todos com suas respectivas camisas da banda (muito engraçado isto) e uma guerra de travesseiros para descontrair: o fundão contra os da frente. Sobrou até pro guia.
Para não perder a graça da coisa de estar em São Paulo, ficamos perdidos dentro do bairro do Morumbi. Além disto, uma chuva insistia em cair leve, causando certa apreensão em todos em relação ao show.
Os deuses do rock ajudaram fazendo com que a chuva parasse. Apesar do trânsito, mais caótico que o normal, foi possível chegar a tempo. E a locomotiva do AC/DC nos levou ao delírio com a apresentação da noite de sexta-feira (27/11/2009), no estádio do Morumbi, em São Paulo.
Os brasileiros, que esgotaram boa parte dos cerca de 65 mil ingressos colocados à venda praticamente nas primeiras 24 horas, tiveram apenas uma oportunidade de conferir o show da turnê "Black Ice", após 13 anos de espera. Na Argentina, três noites foram agendadas. Mas todo o nervosismo enfrentado para conseguir uma chance de ver Angus Young e companhia valeu a pena.
Com um encontro de gerações na plateia, entre quarentões e jovens de 20 e poucos anos dividindo a paixão pela música, a banda trouxe uma apresentação digna de um bom mega-show, com telões em alta resolução e um cenário repleto de alegorias do rock, com direito a chifres, um trem, uma boneca inflável gigante e fogos de artificio ao final.
O grupo subiu ao palco às 21h35, e durante duas horas intercalou músicas do álbum "Black Ice" (2008) com todos os hits mais importantes da carreira. Após começar com "Rock'n roll Train", do último disco, a banda tocou dois dos primeiros clássicos que estavam por vir, "Hell Ain't a Bad Place to Be"- de "Let There Be Rock" (1977) - e "Back in Black", do disco homônimo de 1980.
Apesar de o show ser baseado na boa e velha sacanagem do rock - mulheres, sexo e tudo mais que couber no inferno -, a banda é de um profissionalismo atroz, desses que só três décadas de experiência podem proporcionar. O vocalista Brian Johnson troca poucas palavras com a plateia, falando mais pelos gestos enquanto canta. Malcolm Young (guitarra), Cliff Williams (baixo) e Phil Rudd (bateria) ficam na sua e se preocupam em dar conta do som. E Angus Young se comunica por meio de sua inseparável e imortal Gibson SG.
Depois de mandar clássicos como "Thunderstruck", "The Jack" - na qual fez um striptease e ficou apenas de bermuda -, "You Shook me All Night Long" e "T.N.T.", o guitarrista emendou um solo digno do Olimpo em "Let There Be Rock". Angus se joga no chão, corre pela plataforma anexa ao palco e faz o público vibrar sem soltar uma única palavra. Tudo se resume à sua Gibson.
No bis, "Highway to Hell" faz jus aos chifrinhos vermelhos que brilham por toda a arquibancada e na testa do guitarrista. "For Those About to Rock (We Salute You)" encerra a noite enquanto canhões estouram ao fundo. Para quem gosta de rock, realmente não há nada melhor.
Esta noite com certeza o repouso foi merecido. Após a longa jornada para se chegar a São Paulo e ao estádio do Morumbi.
A alquimia do ROCK N'ROLL aconteceu mais uma vez pelas mãos dos deuses do ROCK.

Este foi o set list:
Rock N' Roll Train
Hell Ain't a Bad Place to Be
Back in Black
Big Jack
Dirty Deeds Done Dirt Cheap
Shot Down in Flames
Thunderstruck
Black Ice
The Jack
Hells Bells
Shoot to Thrill
War Machine
Dog Eat Dog
You Shook Me All Night Long
T.N.T.
Whole Lotta Rosie
Let There Be Rock

Bis:
Highway to Hell
For Those About to Rock (We Salute You)

Gênero Zygopetallum

Este é um gênero composto por cerca de 16 espécies sul-americanas. Caracteriza-se por possuir pseudobulbos ovais, com várias folhas laterais e apicais e inflorescência multifloral saindo da base dos pseudobulbos. Suas pétalas e sépalas são livres, possuindo labelo trilobado com calosidade basal bem característica.
São plantas encontradas como terrestres e epífitas, em florestas úmidas em regiões com altitude que varia entre 300 e 1500 metros. Podem ser cultivadas em vasos de barro com casca de pinus, sempre bem drenados, com água abundante durante todo o ano. O melhor é o vaso de barro. Não é bom o uso de cachepô.

Principais espécies: Z. crinitum, Z. intermedium, Z. mackayi, Z. maxillare, Z. pabstii.

Zygopetallum crinitum: Vegeta em matas úmidas e é uma bela espécie epífita brasileira, que floresce entre julho e setembro, exalando delicioso perfume. Os pseudobulbos são ovóides e as folhas estreitas e lanceoladas.




Zygopetallum mackayi: Distribui-se no Brasil pelo Espírito santo até o Rio Grande do Sul e interior de Minas Gerais.
Variedades: cochleatum, parviflorum, pictum.
Cultivo: o cultivo deve ser feito a meia sombra, em vaso de vaso de barro, de tamanho grande ou diretamente no solo. Deve-se usar terra vegetal, pedaços de xaxim velho, folhas mortas e pedaços de pau podre. Essa planta é mais humícola que terrestre, ela dá preferência para solos que apresentem restos vegetais.




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Gênero Vanilla

Este gênero compreende aproximadamente 50 espécies descritas, espalhadas por todo o mundo tropical. Suas plantas são semelhantes a trepadeiras ou parreira e chegam a atingir mais de 30 metros de comprimento. São plantas terrestres ou humícolas e facilmente reconhecidas pelo seu hábito monopodial de trepadeira com raízes adventícias e flores relativamente grandes. Com exceção de uma espécie, todas são escandentes. Devido a este tipo de crescimento, todas as espécies precisam de um suporte onde seu caule possa se agarrar, como elas fazem na natureza ao aderir suas raízes às árvores. Quando elevadas, elas deixam seus ramos pendentes e assim florescem.
Vanilla não possuem pseudobulbo e suas folhas são coriáceas, verde-escuros, alternadas, algumas vezes reduzida simplesmente a vestígios e ocasionalmente ausentes. Opostas às folhas, em cada nó, nascem uma ou mais raízes aéreas, razoavelmente grossas. As flores, com bastante substância e razoavelmente grandes, são produzidas a partir das axilas das folhas ou dos vestígios delas. Elas podem ser muitas ou poucas, nascendo de rácimos muito pequenos que por sua vez produzem poucas flores. São flores vistosas mas, em quase todas as espécies, são de curta duração e produzidas em sucessão.
A essência de baunilha é produzida de diversas espécies de Vanilla, o que faz com que este gênero seja um dos únicos gêneros de orquídeas utilizadas para propósito comercial, que não o de beleza ornamental.
São cultivadas com sucesso quando plantadas com suas raízes basais em vasos de barro com meio formado por partes iguais de terra orgânica e areia. Porém, como toda trepadeira, necessitam de suporte para poderem desenvolver-se. Mantenha-as em local com alta luminosidade, bastante umidade e adube com frequência.
Uma grande dificuldade no seu cultivo destinado à obtenção da vanilina é justamente a necessidade de se fazer a polinização manual principalmente por causa da curta duração de suas flores fazendo com que esta polinização tenha que ser feita dentro de um período muito curto, até mesmo de horas.


Principais espécies: Vanilla phaeantha, Vanilla planifolia, Vanilla pompona.


Vanilla planifolia


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Gênero Vanda

Vanda encanta por sua beleza peculiar. Originárias da Ásia são plantas de crescimento monopodial e lento, e alcançam altos valores no mercado.
É um curioso gênero de orquídea que conta com muitos amantes e criadores no Brasil. Pode ser criada com as raízes nuas, penduradas por arames. Um vaso de madeira com brita e pouco substrato pode ser adaptado logo abaixo dela, fazendo com que suas raízes toquem nele levemente.
De modo geral, as Vanda preferem locais com alta luminosidade e apreciam regas que podem ser feitas borrifando as raízes e as folhas, ocasionalmente.
A temperatura durante o dia não deve passar de 18°C, mas estas plantas podem suportar pequenos períodos de frio. Irão continuar seu crescimento em qualquer época do ano, desde que suas necessidades de luz e temperatura sejam atendidas.
Costuma ter sua primeira floração só aos seis anos e a partir desta idade, pode florescer até quatro vezes por ano em condições idéias, mas, se a temperatura baixar a 15 graus, ou menos, durante algumas semanas, pode entrar em estado de repouso ou estagnação por vários meses.
Se a temperatura atingir 30 graus ou mais, mantenha o chão bem molhado, para ou mais, mantenha o chão bem molhado, para aumentar a umidade relativa do ar nas suas imediações.
Em dias quentes, gosta de muita água e alta umidade ambiente (80% é o ideal), devendo ser borrifada de preferência com água mineral frequentemente. No inverno, reduza a rega e os fertilizantes.
Se uma Vanda adulta, bem enraizada, com folhas de igual dimensão do topo à base, não injuriada pelo frio, não florescer, é porque faltou iluminação e/ou rega constante com água levemente em dias quentes e secos.
Requer muito adubo de forma foliar e radicular, porque suas raízes são aéreas. O adubo deve ter maior teor de fósforo, tipo 15-30-20, pois seu caule precisa crescer para uma nova floração.
Suas mudas podem ser cultivadas em ambientes de pouca luminosidade, em torno de 40%, acelerando seu crescimento. Plantas adultas podem ser criadas com boa dose de luminosidade e se penduradas em árvores, emitem raízes com novos brotos.
A Vanda é uma planta de adaptação fácil em ambientes de boa lumionosidade e alta umidade relativa do ar, chegando a lançar suas raízes em paredes pintadas ou superfícies de metal, como portões. Você pode amarrá-la num coqueiro, voltada para o lado norte, ou numa haste comprida, mas, se for plantar em vaso, que ele sirva só de base, nunca enterre suas raízes.
Tenha cuidado para não queimar as folhas ao sol, nos dias quentes de verão. O sol da tarde pode prejudicar a saúde de sua orquídea.
A Vanda deve ser colocada num local onde local onde receba luz filtrada nas horas de sol mais forte e iluminação direta do sol da manhã e do fim de tarde. Não deve haver nenhuma outra planta que lhe faça sombra em qualquer hora do dia.
Uma Vanda sem boas condições pode até florescer, mas sua haste será curta, com flores menores e forma medíocre.


Vanda tricolor


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Gênero Stanhopea

Stanhopea é uma orquídea curiosa, pois emana suas belas e grandes flores (até sete centímetros) na altura das raízes.
Esta característica faz com que ela seja cultivada normalmente em caixas de madeira vazadas (cachepôs), para que a haste floral possa pender sob a planta, penduradas por arames.
O gênero foi criado por Sir William Hooker em 1829, publicando a Stanhopea insignis na Botanical Magazine.
As Stanhopea podem ser divididas em três grandes grupos, um que sempre apresenta inflorescências com duas flores, de labelo mais inteiro e sistema de polinização mais simples; outro com inflorescências bastante floribundas e polinização mais complicada, onde o inseto, como em Coryanthes, cai dentro da flor e labelos mais complexos divididos em três partes bem distintas; e o último, ao qual pertencem quase todas as espécies brasileiras.
São plantas grandes, com pseudobulbos ovóides mais tarde sulcados longitudinalmente, agregados, verde escuros, unifoliados, na base guarnecidos por bainhas. As folhas são pecioladas, herbáceas, plicadas, e apresentam diversas nervuras dorsalmente salientes. A inflorescência pendente brota da base do pseudobulbo, crescendo para baixo, e comporta de duas a dez flores grandes, de estranha estrutura, cujo ovário normalmente esta recoberto por ampla bráctea.
A flores possuem sépalas grandes largas e côncavas, de consistência carnosa e aparência cerosa. A sépala dorsal parecido, porém algo menor. As pétalas são pequenas, por vezes onduladas, e muito curvadas sobre a sépala dorsal. O labelo por vezes é bastante complexo, carnoso, rígido, com hipoquílio, ou a parte do labelo próxima da coluna, muito carnoso e côncavo, mesoquílio, ou a parte intermediária do labelo, e epiquílio, ou extremidade do labelo, largo por vezes com dois apêndices em forma de cornos. A coluna em regra é longa e carnosa, arqueada de modo a ficar com a antera e o estigma sobre o epiquílio, atenuada para a base, com duas grandes asas na extremidade. antera terminal uniloculada com duas polínias cerosas.

Stanhopea são encontradas por praticamente todo o continente Americano, principalmente do México ao Brasil. Uma espécie de abelha é o seu agente polinizador mais comum.
Por serem plantas que ocupam considerável espaço, e cujas flores duram muito pouco, muitos orquidófilos deixam de cultivá-las, preferindo ocupar o espaço com espécies de gêneros menores, com flores mais duráveis.

Principais espécies: Stan. insignis, Stan. tigrina, Stan. lietzei, Stan. guttulata, Stan. oculata, Stan. graveolens.


Stanhopea oculata


Stanhopea insignis


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Gênero Sophronitis

Este é um gênero pequeno, com pequenas plantas, mas de beleza e colorido gigantesco. Possui cerca de 7 espécies, distribuídas pelo Brasil, Bolívia e Paraguai. Caracteriza-se por possuir pseudobulbos cilíndricos, próximos uns dos outros, formando grandes touceiras e contendo normalmente uma única folha apical, com inflorescências curtas e partindo do ápice dos pseudobulbos, podendo ser multiflorais ou uniflorais, dependendo da espécie.
Possui labelo livre da coluna, porém circundando-a, e todas as espécies contêm oito políneas. Este gênero está intimamente ligado às Cattleya, Laelia, Epidendrum e Brassavola, com os quais produz diversos híbridos, sempre doando para estes sua cor vermelha.
Estas espécies desenvolvem-se em florestas úmidas em regiões com altitudes que variam de 500 a 1000 metros. São plantas de difícil cultivo, porém podem ser cultivadas com sucesso em pequenos vasos de barro e sempre com excelente drenagem. Pode-se também cultivá-las sobre um pedaço de madeira, colocado em um vaso com sphagnum à sua volta. Desta forma, a planta ficará com seu sistema radicular bem aéreo e terá a umidade ambiente de que necessita. Não é bom o uso de cachepô.

Principais espécies: Soph. cernua, Soph. coccinea, Soph. grandiflora, Soph. wittigiana, Soph. mantiqueira.

Sophronitis mantiqueira: Uma das raras orquídeas de cor vermelha, é natural da Serra da Mantiqueira. De cada pseudobulbo emerge só uma florzinha de 3 cm de diâmetro. Essa espécie requer sombra moderada e muita umidade atmosférica, crescendo melhor em árvores vivas.

Sophronitis coccinea: Epífita brasileira, mede em torno de 10 cm de altura. Folhas e pseudobulbos juntos, cor vermelho-vivo são suas flores de até 4 cm de diâmetro, com pétalas e sépalas redondas de cor vermelho-escarlate-brilhante que transmite para seus híbridos. Viceja em matas ralas e ensolaradas no espigão de toda Serra do Mar, desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, em locais bastante úmidos entre densas neblinas numa altitude entre 600 a 1500 metros. Floresce em agosto/setembro.



Sophronitis cernua: Espécie anã e rasteira formando, muitas vezes, verdadeiros tapetes. Pseudobulbos curtos e cilíndricos com uma única folha espessa e oval. Inflorescência com 3-4 pequenas flores de 1,5 cm de diâmetro. Totalmente amarela-limão. Originária do Sul de Minas Gerais, Brasil. Floresce em julho/setembro. É de difícil cultura.




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Gênero Rodriguezia

Gênero classificado por Ruiz e Pavón, em 1794. Nome dado em homenagem a Manoel Rodríguez, botânico espanhol e contemporâneo dos exploradores Ruiz e Pavón. Gênero de pequenas plantas que vegetam desde a Costa Rica até o Brasil e Peru. Tem 30 espécies epífitas.
Rodriguezia agrupa cerca de quarenta e cinco espécies epífitas ou rupícolas, de crescimento cespitoso ou ascendente e aéreo, distribuídas pela América tropical desde o México ao noroeste da Argentina, com concentração em duas áreas diversas, a saber, no norte e noroeste da Amazônia e na Mata Atlântica do sudeste do Brasil, ocorrendo em situações diversas, cerca de metade delas registradas para o Brasil.
Rodriguezia divide-se em dois grupos de espécies de portes bem diferentes. Um dos grupos, de crescimento cespitoso, com rizoma curto, pseudobulbos muito pequenos, alongados, quase totalmente ocultados por muitas baínhas foliares imbricantes, com folhas espessas, lanceoladas, acanoadas, e inflorescência curta, arcada ou pendente, com muitas flores.
O outro grupo, antigamente classificado como gênero à parte com o nome de Burlingtonia, é composto de plantas de crescimento escandente, com rizoma bastante comprido, rijo e fino, raízes adventícias longas e numerosas, pseudobulbos ovais, muito espaçados, sempre parcialmente visíveis, com poucas baínhas foliares, estas muito menos carnosas que no outro grupo, mais elípticas e planas, e rácimo ereto longamente pedunculado com poucas flores na extremidade. Em ambos os casos os pseudobulbos são lateralmente comprimidos e a inflorescência brota das axilas das baínhas que guarnecem os pseudobulbos.
As flores têm pétalas e sépalas dorsais coniventes, aproximadamente de igual tamanho, ou por vezes pétalas bem maiores, enquanto as sépalas laterais normalmente fundem-se, na base ou em todo o comprimento, formando um esporão ou mento saquiforme, sempre mais curto que o ovário. O labelo é simples, geralmente tem a mesma cor das pétalas e sépalas, com lobo mediano de extremidade bilobulada, na base prolongado em saco livre ou soldado à face ventral da coluna, com numerosas carenas paralelas de comprimentos diversos, comum amarelas, e que devem ser observadas para diferenciar algumas das espécies. A coluna é bastante curta, claviforme, com dois longos prolongamentos de margens pubescentes que guarnecem os lados da antera, e dois apêndices inferiores a ela de modo a formar uma espécie de tubo que conduz ao estigma. A antera é apical, uniloculada, com duas polínias.


Principais espécies: Rdza. decora, Rdza. lanceloata, Rdza. obtusifolia, Rdza. venusta.

Rodriguezia decora: Espécie com pequenos pseudobulbos que sustentam uma única folha, estreita e pontuda. Pseudobulbos que aparecem sobre roliço e fino rizoma, em intervalos de 10 cm uns dos outros. Racimos florais arqueados e multiflorais, de até 30 centímetros de comprimento. Flores vistosas, com pétalas e sépalas de cor creme, salpicadas de púrpura. Labelo grande, reniforme, de cor branca, com cristas salpicadas, também, de púrpura.



Rodriguezia lanceloata: Espécie com rizoma alongado e ascendente. Pseudobulbos ovais, aproximados, sustentando uma única folha oblonga e acuminada de 10 cm de altura de cor verde-claro. Racimos recurvados com três a seis flores de 3 cm de diâmetro, de cor roxo-lilás e labelo cuneiforme de cor mais forte e cristas salpicadas de vermelho. Florescem de fevereiro a abril. Vegeta em habitats ensolarados nos estados do Pará e Mato Grosso, até em, praças públicas.



Rodriguezia obtusifolia: Espécie epífita, com pseudobulbos estreitos e achatados, sustentando folha estreita e acuminada. Os pseudobulbos aparecem em intervalos de 15 cm sobre fino e roliço rizoma. Seu crescimento nas árvores hospedeiras é sempre vertical. Racimos florais finos e arqueados, com até 40 cm de comprimento, portanto de três a cinco flores. Flor de 2 cm de diâmetro, com pétalas, sépalas e labelo reniformes, todos de cor branca. Floresce no inverno.



Rodriguezia venusta: Espécie que medra nas matas do litoral brasileiro, desde Pernambuco até o Rio Grande do Sul. Pseudobulbos compridos sustentando duas a três folhas estreitas e coríaceas de 15 cm de comprimento e de cor verde-claro. Flores muito perfumadas que formam graciosos racimos recurvados. Pétalas e sépalas de cor branco-leitosa, labelo bem encrespado dotado de mácula amarela. É altamente decorativa. Floresce em outubro/novembro.




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Gênero Pleurothallis

Este é um dos maiores e mais complexos gêneros da família das orquídeas e compreende cerca de 1000 espécies descritas, subdivididas em 27 subgêneros e 25 seções. Devido à grande extensão e diversidade deste gênero, que está distribuído por toda a América tropical, existem plantas que variam de tamanho desde plantas minúsculas até plantas de grande porte, que podem ser epífitas ou terrestres, altas ou baixas, eretas ou pendentes, formando touceiras ou não, com hastes florais longas e curtas, com folhas largas ou estreitas, com hastes uniflorais ou multiflorais. Suas flores podem ser tanto coloridas como brancas, delicadas ou não, perfumadas ou não, porém sempre possuem duas políneas. São plantas encontradas em todas as coleções de orquídeas, muitas vezes sem identificação ou com identificação errada.
Encontram-se espalhadas pelas mais diferentes regiões e, portanto, existem espécies cultivadas em clima frio, quente e intermediário, bem como espécies de locais úmidos e outras encontradas em regiões secas.

Principais espécies: Pths. acuminata, Pths. allenii, Pths. cordata, Pths. erinacea, Pths. flexuosa, Pths. gelida, Pths. grobyi, Pths. hemirhoda, Pths. pectinata, Pths. portillae, Pths. secunda.


Pleurothallis portillae


Pleurothallis secunda


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Gênero Phalaenopsis

Phalaenopsis é um gênero natural das Filipinas. A Phalaenopsis é uma das mais belas e populares orquídeas e é produzida e cultivada em larga escala pela indústria brasileira. Por isto mesmo, existe hoje um grande número de híbridos, fruto do cruzamento de espécies em cativeiro.
Essas lindas orquídeas não são comuns como espécies puras em coleções, sendo a maioria das mais conhecidas híbridos gerados de semente, e depois reproduzidas do caule.
São plantas monopodiais, com folhas largas e suculentas, de porte pequeno, com grossas e suculentas raízes.
As inflorescências são produzidas por entre as folhas, com hastes florais que possuem apenas poucas flores até espécies com hastes com mais de 100 flores, com várias cores e formas. Todas as espécies possuem labelo trilobado. A Phalaenopsis deve ter sua haste cortada após as flores murcharem. Esta poda deve ser realizada com tesoura esterilizada. Após a poda da haste, a Phalaenopsis pode voltar a dar novos cachos ainda no mesmo ano, numa ramificação.
Conhecida por se adaptar bem até em apartamentos de centros urbanos, a Phalaenopsis é uma planta que precisa de rega a cada 7-15 dias, dependendo da época e tolera bem temperaturas mais elevadas.
O cultivo ideal é em estufas quentes, precisando de muita sombra.
Há dois tipos principais: o padrão e o miniatura. O primeiro pode chegar a 1 m de altura, enquanto as miniaturas ficam em torno de 30 cm. Ambos tem a estrutura bem semelhante, diferindo apenas no tamanho.
Devem ser cultivadas em vasos com substrato que retenha umidade, uma vez que, por não possuírem pseudobulbos, não têm mecanismos para armazenagem de água. O vaso ideal é o de plástico transparente. Além disso, devem ser cultivadas com pouca luminosidade e muita circulação de ar, pois deste modo você conseguirá florações mais belas e abundantes e reduzirá a incidência de pragas e doenças. A Phalaenopsis se adapta bem em substratos ricos em casca de pinus. O carvão vegetal e os musgos (ou espumas artificiais para reter a umidade) também estão presentes. Uma vez ao mês, pode ser feito uso de fertilizante NPK 10:10:10, numa pequena porção em uma colher de café para um litro de água. Plantas floridas ou com suas raízes ainda não adaptadas ao vaso não devem receber estes fertilizantes.
O gênero está intimamente relacionado com Kingidium, sendo que alguns botânicos acreditam que estes são gêneros idênticos. Também está relacionado com Dorotis, com o qual possui inúmeros híbridos intergenéricos, chamados de Doritaenopsis. Algumas espécies de Phalaenopsis, originárias de Borneo e com folhas terete, foram transferidas para o gênero Paraphalaenopsis.

Principais espécies: Phal. amabilis, Phal. aphrodite, Phal. cornu-cervi, Phal. fasciata, Phal. hieroglyphica, Phal. lobbii, Phal. lueddemanniana, Phal. manii, Phal. mariae, Phal. sanderiana, Phal. schilleriana, Phal. violácea.


Phalaenopsis amabilis


Phalaenopsis schileriana


Phalaenopsis lueddemanniana


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Gênero Paphilopedium

Paphiopedilum é um dos mais belos gêneros de orquídeas do planeta. Com seu labelo muitas vezes avantajado, é uma planta que impressiona pela beleza e forma. Este gênero compreende cerca de 60 espécies, distribuídas pela Ásia tropical, desde a Índia até a Nova Guiné e Filipinas. São conhecidas como ”Lady´s slippers” devido ao formato de seu labelo.
São espécies terrestres, mas em alguns casos epífitas, que crescem em locais de pouca luz e muita umidade. Suas sépalas laterais são unidas, pequenas, e normalmente estão escondidas pelo “sapatinho” do labelo. A maioria das espécies produz hastes uniflorais, porém algumas produzem hastes multiflorais com flores simultâneas que podem durar vários meses.
De crescimento monopodial, costuma florir uma vez ao ano quando adulto. É preciso conhecer a fundo as espécies para encontrar as condições ideais de umidade, luz e temperatura. Requer local de luminosidade moderada, em torno de 40-50% e regas a cada dez dias.

Suas flores têm grande resistência, podendo se manter saudáveis por longos períodos.
De modo geral as florações deste gênero são muito bonitas e peculiares. Não é por acaso que esta planta tem tanto prestígio entre os cultivadores internacionais.
As folhagens também são um atrativo ornamental, tornando-as interessantes mesmo quando não estão floridas.
Iniciantes no cultivo de orquídeas devem encontrar dificuldades. As flores são incomuns até para uma orquídea, e suas folhas e botões florais podem demorar bastante para crescer.
São espécies notoriamente difíceis de se conseguir a partir de sementes, visto a grande dificuldade na germinação das mesmas. Por este fator, as populações de Paphiopedilum na natureza estão praticamente dizimadas, uma vez que foram intensamente coletadas. As flores são similares na forma, variando somente na coloração.
O hábitat comum desta planta é geralmente o chão da floresta, com luz filtrada pela copa das árvores.
As Paphipedilum podem ser separadas em três grupos de cultivo distintos.

O primeiro, com plantas cujas folhas são marchetadas, é mais tolerante ao calor, visto trata-se de espécies de locais de altitude mais baixa.

O segundo, com folhas lisas ou não marchetadas e com hastes uniflorais, que preferem clima intermediário para frio.

No terceiro as plantas com folhas sem desenho (não marchetadas ou lisas) e com hastes multiflorais, que preferem temperaturas mais elevadas e mais luminosidade que os outros dois grupos. Devem ser cultivadas em composto misto para epífitas e terrestres, em vasos, sendo que nunca devem ficar secas. Assim sendo, dê preferência a vasos de plástico.

Principais espécies: Paph. adductum, Paph. armeniacum, Paph. bellatulum, Paph. callosum, Paph. charlesworthii, Paph. concolor, Paph. delenatii, Paph. druryi, Paph. emersonii, Paph. exul, Paph. godefroyae, Paph. hirsutissimum, Paph. insigne, Paph. lowii, Paph. malipoense, Paph. micranthum, Paph. niveum, Paph. parishii, Paph. primulinum, Paph. rothschildianum, Paph. sanderianum, Paph. sukhakulii, Paph. venustum.

Paphiopedilum callosum: orquídea terrestre, asiática, não possui pseudobulbos e é formada por fascículos. Folhas de até 30 cm de comprimento. Formas e cores muito variadas, como branco, amarelo, verde e marrom. São mais conhecidas como “sapatinho”, por causa da forma especial do seu labelo. As flores podem durar até 3 meses.




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Gênero Oncidium

Oncidium é um gênero com espécies muito populares, como o híbrido chamado popularmente de "Chuva de Ouro" e extensamente comercializado. Com sua estrutura bulbosa e flores numerosas e de tamanho pequeno, o Oncidum é de fácil adaptação em placas, onde se reproduz e emite brotos e flores com certa facilidade. É uma planta fácil de ser criada em apartamentos, contando que tenha boa luminosidade no local.
Não existe uma maneira padrão válida para cultivar todas as espécies de Oncidium. Seu cultivo vai depender da origem da espécie em questão. Algumas espécies gostam de uma luminosidade bastante intensa, mas não deve receber os raios solares diretamente. Outras espécies gostam de meia sombra e outras podem florir com meia sombra ou muita luz como Onc. pumilum (atualmente Lophiaris pumila), Onc. jonesianum, Onc. sarcodes, Onc. flexuosum, Onc. lanceanum (hoje Lophiaris lanceana).
As Oncidium são nativas da América do sul, dando normalmente flores pequenas, mas em grande quantidade. Suas flores sempre são de cores predominantemente amarela ou marrom com pintas e sua maior característica é a presença de calosidade na parte distal do labelo, além de possuir junto ao estigma, duas saliências semelhantes a duas asas. Seu labelo origina-se na base da coluna. Possuem duas políneas. Duram de 2 a 4 semanas de acordo com a variedade, mas também podem florescer o ano inteiro.
Algumas espécies gostam de mais luminosidade no inverno e mais proteção no verão como, por exemplo, o Onc. phymatochilum. O deslocamento de apenas alguns centímetros possibilitando maior ou menor incidência de luz pode determinar uma mudança na floração.
Generalizando, gostam de variação de umidade com muita rega no período de crescimento, desde o início da brotação até a maturação dos bulbos. Depois disto, deve passar por um período de descanso cuja intensidade e duração vai depender da espécie cultivada. As raízes podem estar sempre úmidas mas não ensopadas. Com os chamados equitantes (atualmente classificados no gênero Tolumnia), é preciso para não deixar o substrato secar completamente.
Existem espécies que podem ser cultivadas praticamente em qualquer clima como o Onc. flexuosum, o Onc. ciliatum, Onc. bifolium e o Onc. baueri.
Uma planta de clima frio como, por exemplo, o Onc. crispum e Onc. concolor, se levada para um ambiente de temperatura mais elevada vai florir e vegetar razoavelmente por dois ou três anos, no máximo e em seguida, definha subitamente e morre sem razão aparente a não ser o clima inadequado. Assim, escolha as espécies ou híbridos de acordo com o seu clima
Durante o inverno, algumas espécies precisam de um período de repouso bem severo, outras nem tanto mas de qualquer modo, esta diminuição de rega não pode provocar o enrugamento dos pseudobulbos e das folhas. Em geral, no sul e sudeste brasileiro, de onde a maior parte das espécies é originária, o inverno é seco, então durante este período, na natureza, eles não recebem muito água, apenas o orvalho da noite que é bem pesado.
Ambientes como o cerrado, chapadas e campos de altitude também são bastantes secos neste período. As espécies que são originárias da Floresta Atlântica precisam de mais umidade do que aqueles que vem de regiões mais secas. Em flor, a freqüência da rega deverá ser reduzida de maneira considerável.
Em locais de clima quente, pode-se aplicar fertilizante durante o ano inteiro, mas em locais de inverno mais rigoroso pode não ser a melhor opção.

Principais espécies: Onc. ampliatum, Onc. barbatum, Onc. baueri, Onc. bicolor, Onc. bifolium, Onc. cebolleta, Onc. cheirophorum, Onc. concolor, Onc. crispum, Onc. divaricatum, Onc. enderianum, Onc. fimbriatum, Onc. flexuosum, Onc. forbesii, Onc. gardnerii, Onc. hastatum, Onc. hastilabium, Onc. lanceanum, Onc. leinigii, Onc. luridum, Onc. nubigenum, Onc. onustum, Onc. ornithorhynchum, Onc. planilare, Onc. sarcodes, Onc. silvanum, Onc. spiopterum, Onc. stacyi, Onc. stenotis, Onc. tiyrinum, Onc. varicosum.


Oncidium flexuosum


Oncidium forbesii


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Gênero Odontoglossum

Odontoglossum e seus híbridos geralmente gostam de temperaturas intermediárias ou amenas e muita luminosidade, com cerca de 330 espécies.
Atenção a rega deste gênero. O Odontoglossum geralmente gosta de um período de seca entre as regas, que deve ser diminuída quando a planta formar os bulbos.
A umidade deve estar maior quando a temperatura estiver mais alta.
Nativa de regiões mais elevadas, entre 1500 a 3000 metros. Podem suportar temperaturas noturnas acima de 8 graus, estando durante o dia em condições perfeitas a 20-24 graus, com bastante umidade.


Odontoglossum cruentum


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Gênero Miltonia

Miltonia é um gênero de orquídeas geralmente epífitas, criadas em vasos de cerâmica ou placas, com presença de pseudobulbos e geralmente nativas de clima frio. Muitas delas de locais de certa altitude, suportam baixas temperaturas, como as Miltonia colombianas. Alguns híbridos estão bem popularizados no Brasil, como a Miltonia clowesii, Miltonia spectabilis e Miltonia spectabilis moreliana.
O Nome "Miltonia" tem origem no nome de um orquidófilo inglês: Lord Fitzwilliam Milton. Estas orquídeas ocorrem desde o centro do Brasil até a Argentina.
Apresentam uma ou duas folhas, emergindo de um pseudobulbo, cobertas por uma bainha foliácea de onde são projetadas as hastes florais.
Suas inflorescências podem ser uniflorais ou multiflorais, dependendo da espécie. As flores têm um aspecto ceroso e possuem um odor suave e exótico.
Suas flores são sempre belas, com um labelo grande em relação às sépalas e pétalas, sempre planas e arredondadas na sua extremidade. O labelo é largo e achatado e não possui calo na base. Possuem uma coluna sem pé com duas políneas rígidas.
Possui um grande número de espécies hibridas conhecidas hoje, cerca de 1.000. Todas as espécies são epífitas e crescem melhor com pouca luz ou luz intermediária, bastante circulação de ar e umidade.
Possuem grande variedade de cores nas flores. As cores variam muito, os tons branco, rosa, roxo, vermelho, violeta são comuns. Existem até flores praticamente negras.
Algumas espécies andinas foram transferidas para o gênero Miltoniopsis e a espécie chamada Miltonia warscewiczii foi transferida para o gênero Oncidium.

Principais espécies: Milt. cândida, Milt. clowesii, Milt. cuneata, Milt. flavescens, Milt. moreliana, Milt. regnellii, Milt. spectabilis.


Miltonia moreliana


Miltonia clowesii


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Gênero Maxillaria

Existem aproximadamente 700 espécies descritas neste gênero, distribuídas desde o Caribe e América Central até o sul do Brasil e norte da Argentina. Como todo grande gênero, as diferentes morfologias e formas vegetativas são presentes. Também vêm sendo criados diversos novos gêneros a partir de espécies incluídas originalmente como Maxillaria.
A grande diferença de formas e colorido das flores também estão presentes neste gênero, sendo que as Maxillaria com colorido mais intenso e com flores de maior tamanho encontram-se na cordilheira dos andes, do Peru até a Colômbia.
As Maxillaria brasileiras são plantas menores tanto no tamanho da planta quanto das flores, bem como de colorido menos fascinante.
As Maxillaria andinas crescem em altitudes que vão de 1000 até 3000 metros, enquanto que as brasileiras são encontradas em locais de menos altitude. Por este fator, as Maxillaria andinas necessitam de maior umidade, menos luminosidade e temperaturas mais amenas.
Na natureza, as Maxillaria como Max. sanderiana, Max. lepidota, Max. striata, Max. longipetala, etc. crescem muitas vezes em conjunto com os Phragmipedium e podem ser tanto terrestres quanto epífitas. Diversas vezes, uma mesma espécie é encontrada nas duas formas.

Principais espécies: Max. curtipes, Max. luteoalba, Max. picta, Max. ochroleuca, Max. lepidota, Max. sanderiana, Max. striata, Max. longipetala, Max. schunkeana, Max. rufescens, Max. tenuifolia.


Maxilaria sanderiana


Maxilaria tenuifolia

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Gênero Masdevallia

Masdevallia é um largo gênero de peculiares orquídeas que foi criado em 1794 por um físico e um botânico da corte de Charles III da Espanha. O nome vem do Masdeval, que descreveu a espécie.
A origem destas orquídeas parece ser mesmo as elevadas altitudes da cadeia andina. De clima frio, se adapta melhor em regiões de alta latitude, mas algumas espécies toleram melhor climas mais quentes.
São encontradas do México ao Brasil, mas principalmente nos Andes, no Equador e Colômbia, Peru e Bolívia.
São encontradas como epífitas, porém nas partes mais baixas das árvores, nunca a mais de 2 metros do solo, e por esse motivo necessitam de ambiente bastante úmido e com pouca luminosidade. Como são encontradas em altitudes elevadas, necessitam de clima com temperaturas relativamente baixas. As folhas são brilhantes e carnudas e sempre mais compridas que seu caudículo. Suas inflorescências são igualmente uniflorais ou racemosas. Suas flores são sempre coloridas e suas sépalas unidas, formando um tubo ou cone. As pontas das sépalas são finas e curvas. As pétalas, ao contrário de outros gêneros, são pequenas e praticamente não percebidas, bem como o labelo, que é pequeno e mais parece uma calosidade ou pequena lingueta, normalmente na cor branca ou púrpura. São cultivadas em pequenos vasos com sphagnum, em estufas com pouca luz, bastante circulação de ar e temperaturas amenas.
O labelo das espécies de Masdevallia apresenta-se apenas em um vestígio. Existem cerca de 500 diferentes espécies, divididas em muitos subgêneros.

Principais espécies: Masd. ayabacana, Masd. bicolor, Masd. angulata, Masd. coccinea, Masd. coriacea, Masd. decumana, Masd. brinacea, Masd. exaltata, Masd. ígnea, Masd. infracta, Masd. limax, Masd. nidifica, Masd. pachyurus, Masd. portillae, Masd. racemosa, Masd. rósea, Masd. rubiginosa, Masd. setacea, Masd. strobelli, Masd. trovarensis, Masd. triangularis, Masd. trochilus, Masd. uniflora, Masd. veitchiana.


Masdevallia angulata


Masdevallia coccinea


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Gênero Laelia

Laelia é uma orquídea presente no Brasil e uma das plantas mais cultuadas pelos orquidófilos. São conhecidas por volta de 60 espécies. Muito confundida com a Cattleya, sua identificação só é possível pela diferença entre o número de políneas de cada gênero: as Laelia têm oito políneas iguais e as Cattleya, quatro.
As Laelia são mais frequentes no Brasil e na América Central. As do México são encontradas em altitudes mais elevadas enquanto no Brasil são comuns nas planícies em locais quentes e úmidos.
Toleram a luz solar da manhã e ficam bem a meia sombra. Evite exposição por tempo prolongado do sol da manhã e também a escuridão excessiva. Deve ser regada diariamente no verão e a rega deve ser reduzida de acordo com a proximidade do inverno.
Tem maior crescimento na estação seca. Algumas Laelia como as espécies rupícolas do Brasil, se beneficiam do período mais seco.
Foi sugerido algumas vezes na literatura que o gênero Laelia é composto de dois grupos de espécies sem relação, um no sudeste do Brasil e outro no México.
Com a análise da sequência do DNA, van den Berg et al. apresentou em publicação evidências de que as espécies brasileiras são na realidade fortemente relacionadas ao genêro Sophronitis e não as espécies Mexicanas.
De acordo com o Código Internacional de Nomenclatura Botânica, as espécies mexicanas retém o nome Laelia. Consequentemente, Van den Berg e Chase (Lindleyana, Junho 2000) propuseram novas combinações de espécies de Laelia brasileiras no Sophronitis.
Possuem pseudobulbos com uma ou duas folhas, dependendo da espécie, hastes florais eretas, uniflorais ou multiflorais, sempre saindo do ápice dos pseudobulbos. São plantas epífitas na sua maioria, mas possuem um grupo de plantas que crescem sobre rochas, denominadas rupícolas. Por tratar-se de um gênero extenso, existem alguns subgrupos de plantas, as quais são cultivadas diferentemente umas das outras. Porém, de forma geral, as Laelia rupícolas gostam de temperaturas mais baixas, luz intensa, alta umidade ambiente e ótima drenagem. Devem ser cultivadas em vasos com substrato que pode pedriscos ou casca de peroba com sphagnum à sua volta, apesar de que seu cultivo é bastante difícil e não recomendado para iniciantes. As epífitas de forma geral são cultivadas em vasos de barro. Necessitam de boa luminosidade, porém menos intensa do que as rupícolas, que crescem muitas vezes a pleno sol. Elas gostam de umidade ambiente e crescem bem se cultivadas junto às Cattleya. Algumas espécies como: L. pumila, L. praestans, L. dayana, L. alaorii e L. jongheana, são de cultivo mais complexo e devem ser colocadas em vasos de barro, mas sobre uma casca com sphagnum à sua volta e não devem ser adubadas freqüentemente.
Este gênero encontra-se ameaçado pela intensa destruição de seu hábitat, por isto, este gênero merece especial atenção.

Principais espécies: L. alaorii, L. anceps, L. autumnalis, L. briegeri, L. cinuabarina, L. fidelensis, L. harpophylla, L. jongheana, L. lobata, L. milteri, L. pumila, L. praestans, L. purpurata, L. rubescens, L. sincorama, L. tenebrosa, L. xanthina.


Laelia purpurata var. cereja


Laelia rubescens

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