O nome do gênero é em homenagem a William Cattley horticulturista inglês do século XIX.
Descrição geral:
Cattleya é um gênero de orquídeas com cerca de setenta espécies. Está presente em todo o território brasileiro, com espécies em todo o Sudeste, especialmente na Mata Atlântica e no Cerrado. Muito cultivada por seu tamanho e beleza, está disseminada em todo o país em lojas e floriculturas.
É muito fácil de ser cultivada, prefere ficar sobre ripados de madeira, na chamado meia-sombra, mas podem ser cultivadas em apartamentos e interiores.
In natura, vive em lugares arejados e úmidos e temperaturas relativamente altas, em árvores de pouca sombra (luminosidade em torno de 60% para a maioria das espécies). O arejamento é um fator primordial para se conseguir belas flores.
Podem ser facilmente divididas quando emitem novas raízes para fora do vaso, e o melhor momento para dividi-las é logo após a floração quando o novo crescimento estiver apenas iniciando.
É um dos mais, senão o mais importante, gênero da horticultura, caracterizado por possuir pseudobulbos cilíndricos com vários nódulos, com folhas apicais e carnudas. As espécies são normalmente epífitas, ocorrendo em florestas úmidas em altitudes que variam do nível do mar até 1500 metros de altitude. A maioria das espécies é encontrada no alto de grandes árvores e deve ser cultivada sob condições intermediárias, com boa umidade ambiente. Podem ser separadas em dois grupos: um formado por plantas bifoliadas (duas folhas ou em pares) e outro por plantas unifoliadas (uma folha apenas). Este último com espécies cujas flores normalmente são maiores e em menor número, enquanto as bifoliadas possuem geralmente flores menores em maior número.
As espécies do grupo das bifoliadas devem ser cultivadas em vasos, com as plantas colocadas sobre uma casca ou sphagnum em sua volta, ao passo que as unifoliadas devem ser cultivadas em vasos com substrato de casca de pinus, carvão e fibra de coco.
Principais espécies: C. aurantiaca, C. bicolor, C. dowiana, C. guttata, C. intermédia, C. labiata, C. loddigesii, C. lueddemanniana, C. mossiae, C. máxima, C. nobilior, C. percivaliana, C. schilleriana, C. trianae, C. walkeriana, C.warneri, C. warscewiczii, C. eldorado.
DESCRIÇÃO DE ALGUMAS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE CATTLEYA
Cattleya guttata : Magnífica espécie com pseudobulbos eretos e cilíndricos de 50 cm de altura, bifoliadas. Inflorescência com trinta flores de 10 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas castanhas salpicadas de púrpura. Labelo trilobado em forma de istmo e disco largo roxo-ametista. Cheiro agradável a canela. Originária do litoral brasileiro desde o Rio de Janeiro até a Bahia. A sua cultura exige bastante rega durante a vegetação.
Cattleya intermedia: Espécie bastante espalhada no litoral meridional brasileiro – desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Planta de fácil cultura, com pseudobulbos roliços e sulcados, de 25 cm a 45 cm de altura, bifoliados, com inflorescências de 3-5 flores de 10 cm de diâmetro. A planta tipo tem sépalas e pétalas róseas ou brancas e labelo púrpura-escuro.
Cattleya labiata: Flor grande caracteriza o grupo das Cattleya labiata. São todas nativas da América do Sul e epífitas, com pseudobulbos de 15 a 20 cm de altura. Flores de 15 a 25 cm de diâmetro. As Cattleya de flor média também são nativas da América do Sul e produzem hastes florais com até 10 flores em cacho.
Cattleya loddigesii: Espécie bastante conhecida no Centro-Sul do Brasil, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. Com pseudobulbos cilíndricos de 30 cm a 50 cm de altura e bifoliadas. Sépalas e pétalas róseo-lilás, largas, labelo trilobado, lóbulos laterais arredondados, ondulados e lóbulo frontal de cor ametista-pálido passando para amarelo na base. A variedade Alba é totalmente branca. Fácil cultura em ripados.
Cattleya mossiae: Magnífica variedade azulada desta significativa espécie venezuelana com flores de 20 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas encrespadas, cinzentas-azuladas, labelo róseo-azulado. Limbo amplo, largamente aberto com centro purpúreo matizado de roxo, margem branca, fauce amarela estriada de carmesim. Floresce em setembro/outubro.
Cattleya nobilior: Espécie originária do Brasil Central que aparece numa altitude entre 600 a 900 metros. Pseudobulbos de 10 cm de altura, oval, fusiforme ou claviforme sulcados e com duas folhas de 10 cm de comprimento, elíptico-ovais e coríaceas. As flores nascem da base dos pseudobulbos. Flores nascem da base dos pseudobulbos. Flores de 15 cm de diâmetro de cor róseo-púrpuras. Labelo grosso, profundamente trilobado e com lóbulos frontais uniformes e emarginados, disco amarelado com estrias púrpuras.
Para obter uma boa floração devem-se parar totalmente as regas após o amadurecimento dos pseudobulbos. Floresce em agosto/setembro.
Cattleya walkeriana: Espécie com floração hibernal, crescimento esparramado e desordenado. Vegeta sobre árvores ou rochas numa altitude entre 700 a 1000 metros. Pseudobulbos curtos, cilíndricos, fusiformes e sulcadas com uma única folha elíptica-lanceloada, coríacea. Inflorescências que nascem de falso pseudobulbo com duas e três flores de 10 cm de diâmetro. Flores com muita substância e grande durabilidade. São de cor rosa-púrpura até magenta. Labelo panduriforme, plano, branco no centro e magenta no restante, com zona marginal mais escura. Existem belíssimas variedades albas, semi-albas e coeruleas. Seu cultivo vai bem em placas de peroba ou toco de madeira inclinado dentro de vaso de barro, completado com xaxim e casca de pinus. Flores entre maio e julho.
Cattleya warneri: Magnífica espécie brasileira do grupo, com robustos pseudobulbos claviformes e largas folhas elípticas, de crescimento viçoso. Flores grandes, alcançando 25 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas róseo-lilás ou róseo-púrpura, labelo grande púrpura-escuro, muito aberto, com estrias avermelhadas. Fauce amarela com zonas brancas. Vegeta em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia. É de fácil cultura e floresce em outubro/novembro.
Fonte:
www.delfinadearaujo.com
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29 April 2010
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