Este é um gênero endêmico do Brasil, com cerca de 13 espécies conhecidas.
É caracterizado pela presença de pseudobulbos oblongos e lisos, com duas folhas apicais bem finas e leves. Possui inflorescências arqueadas, produzidas da base do bulbo e com inúmeras flores pequeninas de cores verde-amareladas. São espécies epífitas encontradas nas florestas secundárias do sudeste e sul do Brasil. As Gomesa são plantas de fácil cultivo, que se adaptam bem a condições adversas. Podem ser cultivadas com sucesso em vasos de barro. Gostam de umidade ambiente e boa movimentação de ar.
Principais espécies: Gom. barkeri, Gom. crispa, Gom. glaziovii, Gom. recurva.
Gomesa crispa: Espécie epífita, com pseudobulbos alongados e lateralmente achatados, sustentando duas ou três folhas liguladas ou oblongas. Inflorescências de 20 centímetros de comprimento, curvadas para baixo e com muitas flores densamente agrupadas. Flor pequena, de 1 centímetro de diâmetro, verde-amarelada. Pétalas e sépalas obtusas e onduladas, sendo as pétalas laterais concrescidas na base. Labelo oblongo, com duas cristas obtusas e margens finamente crenuladas, indo da base até perto do labelo. É de cultura simples em locais sombreados, requer abundantes regas quando está vegetando e relativa seca na floração. Floresce de junho a agosto.
Gomesa recurva: Espécie epífita com pseudobulbos alongados e achatados lateralmente sustentando 2 a 3 folhas oblongas, inflorescências de 18 cm de comprimento pendentes com 20 a 30 flores. Flor pequena de 2 cm de diâmetro com pétalas e sépalas de cor verde. Labelo rombudo de cor amarelo-esverdeado. Sua cultura necessita de locais úmidos e sombreados. Floresce na primavera.
Fonte:
www.delfinadearaujo.com
"Copyright © 1996-1999 Sergio Araujo Fotografia S/C Ltda. Todos os direitos reservados. Protegido pela lei de direito autoral do Brasil e por tratados internacionais."
29 April 2010
Gênero Epidendrum
Epidendrum é um gênero que ocorre nas Américas, do México ao Brasil. É também conhecida como "orquídea estrela" ou "orquídea crucifixo". Calcula-se em 2.000 espécies mas destas 1,100 já estão aceitas e o restante são sinônimos de outras espécies. Mais de 1.000 saíram para formar um novo gênero, como Barkeria, Dimerandra, Encyclia, Oerstedella, Psichylus e Nanodes. De qualquer forma o número de espécies estimado é 2.000, muitas ainda terão de ser descritas. Mais de 400 espécies foram descritas por Eric Hágsater e sua equipe.
Gênero com mais de 1000 espécies conhecidas e descritas, sofreu diversas subdivisões nos últimos anos e diversos gêneros, como Dimerandra, Encyclia, Hormidium, Oesterdella, foram criados a partir dele. Mesmo assim, continua tendo status de mega gênero.
É um dos grupos de orquídeas mais interessantes em se cultivar. Recompensa o cultivador com frequentes florações de cores variadas e tem boa resistência a temperaturas altas e baixas, podendo suportar bem períodos de prolongada exposição ao sol.
Criado por Lineu (Carolus Linnaeus) em 1754, o gênero Epidendrum incluía todas as orquídeas epífitas conhecidas na botânica européia. Podia-se usar a etimologia do gênero para classificar todas as plantas epífitas. Hoje, nenhuma das espécies que Lineu usou para criar o gênero pertence ainda ao grupo Epidendrum.
Há grande ocorrência no Peru, entre os mil e três mil metros de altitude o que faz do Peru, Equador e Colômbia os países com mais espécies deste gênero. Estima-se que a maior parte de espécies de Epidendrum se encontram na Cordilheira dos Andes, na forma terrestre ou epífita.
Suas espécies estão distribuídas por toda América tropical e podem ser reconhecidas pelo estreito rostillum, por possuírem labelo unido à coluna, formando um tubo. Muitas espécies possuem pseudobulbos parecidos com hastes florais, porém várias espécies apresentam diferentes formas vegetativas. Normalmente, possuem quatro políneas. O gênero está dividido em mais de 50 seções e vários esforços têm sido feitos no intuito de que outros gêneros sejam aceitos porque, desta forma, possa-se tornar o Epidendrum um gênero mais homogêneo.
Epidendrum variam muito no tamanho e aparência, fator este que dificulta muito sua identificação por leigos ou até especialistas. Produzem flores com o labelo com variadas cores.
Também variam muito nos tamanhos das flores. Elas crescem em inflorescências racemosas. As flores apicais, laterais ou basais são geralmente de tamanho pequeno a médio indo desde meio centímetro até uma polegada.
Grande número de espécies apresentam um néctar de forte fragrância. Seus principais agentes polinizadores são a mariposa diurnas e noturnas e o beija-flor que costuma visitar algumas espécies.
As condições de cultivo, variam muito, dependendo da região de onde se origina a espécie. Existem espécies epífitas, rupícolas e terrestres, e para cada uma as condições são diferentes, porém na sua maioria, são plantas que devem ser cultivadas em clima intermediário, com boa ventilação e umidade, sem necessitarem de grande adubação nem de períodos secos durante o ano.
Na sua maioria são plantas de fácil cultivo, que podem ser bem cultivadas em conjunto com as Cattleya.A maioria das espécies de Epidendrum precisam de temperaturas quentes ou médias para cultivo. Mesmo assim, existem algumas espécies que parecem se adaptar bem a regiões mais frias. Geralmente o cultivo destas plantas é feito em vasos.
Em algumas regiões sub-tropicais da Nova Zelândia, orquídeas deste gênero florescem durante quase todo o ano.
Epidendrum sp.
Fonte:
www.delfinadearaujo.com
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www.orquideana.com.br
Gênero com mais de 1000 espécies conhecidas e descritas, sofreu diversas subdivisões nos últimos anos e diversos gêneros, como Dimerandra, Encyclia, Hormidium, Oesterdella, foram criados a partir dele. Mesmo assim, continua tendo status de mega gênero.
É um dos grupos de orquídeas mais interessantes em se cultivar. Recompensa o cultivador com frequentes florações de cores variadas e tem boa resistência a temperaturas altas e baixas, podendo suportar bem períodos de prolongada exposição ao sol.
Criado por Lineu (Carolus Linnaeus) em 1754, o gênero Epidendrum incluía todas as orquídeas epífitas conhecidas na botânica européia. Podia-se usar a etimologia do gênero para classificar todas as plantas epífitas. Hoje, nenhuma das espécies que Lineu usou para criar o gênero pertence ainda ao grupo Epidendrum.
Há grande ocorrência no Peru, entre os mil e três mil metros de altitude o que faz do Peru, Equador e Colômbia os países com mais espécies deste gênero. Estima-se que a maior parte de espécies de Epidendrum se encontram na Cordilheira dos Andes, na forma terrestre ou epífita.
Suas espécies estão distribuídas por toda América tropical e podem ser reconhecidas pelo estreito rostillum, por possuírem labelo unido à coluna, formando um tubo. Muitas espécies possuem pseudobulbos parecidos com hastes florais, porém várias espécies apresentam diferentes formas vegetativas. Normalmente, possuem quatro políneas. O gênero está dividido em mais de 50 seções e vários esforços têm sido feitos no intuito de que outros gêneros sejam aceitos porque, desta forma, possa-se tornar o Epidendrum um gênero mais homogêneo.
Epidendrum variam muito no tamanho e aparência, fator este que dificulta muito sua identificação por leigos ou até especialistas. Produzem flores com o labelo com variadas cores.
Também variam muito nos tamanhos das flores. Elas crescem em inflorescências racemosas. As flores apicais, laterais ou basais são geralmente de tamanho pequeno a médio indo desde meio centímetro até uma polegada.
Grande número de espécies apresentam um néctar de forte fragrância. Seus principais agentes polinizadores são a mariposa diurnas e noturnas e o beija-flor que costuma visitar algumas espécies.
As condições de cultivo, variam muito, dependendo da região de onde se origina a espécie. Existem espécies epífitas, rupícolas e terrestres, e para cada uma as condições são diferentes, porém na sua maioria, são plantas que devem ser cultivadas em clima intermediário, com boa ventilação e umidade, sem necessitarem de grande adubação nem de períodos secos durante o ano.
Na sua maioria são plantas de fácil cultivo, que podem ser bem cultivadas em conjunto com as Cattleya.A maioria das espécies de Epidendrum precisam de temperaturas quentes ou médias para cultivo. Mesmo assim, existem algumas espécies que parecem se adaptar bem a regiões mais frias. Geralmente o cultivo destas plantas é feito em vasos.
Em algumas regiões sub-tropicais da Nova Zelândia, orquídeas deste gênero florescem durante quase todo o ano.
Epidendrum sp.
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Gênero Encyclia
Gênero composto por aproximadamente 242 espécies, distribuídas por toda a América tropical.
A Encyclia é caracterizada por plantas epífitas, simpodiais, com inflorescências apicais e flores nunca excedendo 4 centímetros de diâmetro com labelo livre da coluna por quase toda sua extensão. Em sua maioria apresentam flores de pequeno porte, algumas perfumadas, em hastes rígidas de até 50 centímetros, com touceiras na base. De fácil cultivo e divisão para novas mudas, a Encyclia pode gerar até 60 flores por haste.
Encontradas em florestas secas e úmidas, desde o nível do mar até altitudes de 3000 metros, dependendo da espécie. A maioria das espécies é cultivada sob condições de temperaturas e clima intermediários, sendo normalmente cultivadas como as Cattleya, que gostam de alta luminosidade. Generalizando, elas costumam gostar de temperaturas intermediárias e para uma floração saudável, precisam de períodos de seca, como ocorre em seu hábitat natural.
Possui relação ecológica com alguns animais. O gênero pode ser polinizado por abelhas e pássaros.
Este é um gênero que foi criado a partir do gênero Epidendrum, ao qual está intimamente ligado. Algumas espécies foram re-classificadas no gênero Prosthechea, como a espécie Encyclia fragrans, que foi reclassificada como Prosthechea fragrans.
A maior parte das espécies é encontrada no México e Índia. Poucas espécies deste gênero são endêmicas da América do Sul.
Principais espécies: E. alata, E. cordigera, E.brassavolae, E. lutzemberg, E. polybulbum, E. spirictusantensis, E. vitellina.
Encyclia alata
Fonte:
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A Encyclia é caracterizada por plantas epífitas, simpodiais, com inflorescências apicais e flores nunca excedendo 4 centímetros de diâmetro com labelo livre da coluna por quase toda sua extensão. Em sua maioria apresentam flores de pequeno porte, algumas perfumadas, em hastes rígidas de até 50 centímetros, com touceiras na base. De fácil cultivo e divisão para novas mudas, a Encyclia pode gerar até 60 flores por haste.
Encontradas em florestas secas e úmidas, desde o nível do mar até altitudes de 3000 metros, dependendo da espécie. A maioria das espécies é cultivada sob condições de temperaturas e clima intermediários, sendo normalmente cultivadas como as Cattleya, que gostam de alta luminosidade. Generalizando, elas costumam gostar de temperaturas intermediárias e para uma floração saudável, precisam de períodos de seca, como ocorre em seu hábitat natural.
Possui relação ecológica com alguns animais. O gênero pode ser polinizado por abelhas e pássaros.
Este é um gênero que foi criado a partir do gênero Epidendrum, ao qual está intimamente ligado. Algumas espécies foram re-classificadas no gênero Prosthechea, como a espécie Encyclia fragrans, que foi reclassificada como Prosthechea fragrans.
A maior parte das espécies é encontrada no México e Índia. Poucas espécies deste gênero são endêmicas da América do Sul.
Principais espécies: E. alata, E. cordigera, E.brassavolae, E. lutzemberg, E. polybulbum, E. spirictusantensis, E. vitellina.
Encyclia alata
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Gênero Dendrobium
O gênero Dendrobium é um dos maiores da família Orquidácea, só perdendo para o gênero Bulbophyllum.
O número de espécies que ele contém não é muito preciso. Muitos botânicos dizem que é de, pelo menos, 1000, enquanto outros acham que é de mais de 1400.
O gênero é tão grande que se pensa em dividi-lo em gêneros menores, mas os taxonomistas não deram sua aprovação. Em vez disso, ele é dividido em seções.
Originalmente do Sudeste da Ásia, o Dendrobium tem uma vasta distribuição: das ilhas do Pacífico ao Himalaia, incluindo Burma, Malásia, Sul da China, Tailândia, Japão, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia. Em especial está a Papua Nova Guiné, onde há uma grande quantidade de Dendrobium diferentes.
A grande maioria dos Dendrobium é de plantas epífitas. Umas poucas foram encontradas em rochas e outras, em ainda menor número, são terrestres, por isso Olaf Swartz, que estabeleceu o gênero em 1799, deu-lhe o nome “Dendrobium”, do grego “dendros” = árvore e “bios” = vida ou, em outras palavras, “planta vivendo nas árvores”.
Adaptado a um vasto número de diferentes “habitats”, os Dendrobium variam consideravelmente em sua estrutura. As folhas variam em tamanho, de minúsculas a muito grandes, cilíndricas, suculentas, persistentes ou decíduas, longas, estreitas ou largas, com formas curiosas e numa grande variedade de tons de verde. Umas poucas têm pelos. Os pseudobulbos podem ser ovoides, fusiformes, lisos ou com nós salientes, na forma de canas longas, macias ou duras, pendentes ou eretas. Há plantas com pseudobulbos mínimos, com cerca de 1 cm (Den. delicatum, Den. awesii) e outros que chegam a 5 metros.
O Dendrobium é planta simpodial, geralmente com um rizoma do qual novos pseudobulbos ou novas raízes se desenvolvem cada ano.
As flores são muito variáveis em forma, textura, duração e em grande parte são grandes e coloridas. Quase todas as cores podem ser encontradas nesse gênero, exceto, talvez, o azul, sendo que algumas cores contrastantes numa única flor, o que a torna espetacular.
Há flores que duram menos que um dia e outras que duram muitos meses, como é o caso do Dendrobium cuthbertsonii, que chegam a durar 9 meses. A maioria tem flores que duram de 2 a 3 semanas. Em poucas plantas as flores são solitárias, mas na maioria elas são em cachos.
Os Dendrobium são as orquídeas mais floríferas na natureza e também em cultivos com boas condições, o que os fazem mais atrativos e dos mais populares mundialmente. Cada ano mais pessoas se tornam conhecedoras da beleza dos Dendrobium. É natural, então, que muitos hibridadores tenham se concentrado grandemente nesse gênero. Em muitos casos os híbridos são um melhoramento das espécies e os híbridos modernos são mais fáceis de cultivar do que as espécies colhidas nos seus habitats.
Há Dendrobium em todos os tipos de climas: frio, temperado, quente úmido e quente seco e embora sejam extremamente diferentes, na maioria dos Dendrobium, as necessidades são as mesmas.
Sobre o cultivo dos Dendrobium:
LUZ:
Quase todos gostam de luz natural intensa para que desenvolvam pseudobulbos saudáveis, mas deve ser evitado o sol forte direto, que pode queimar suas folhas. Esse tipo de luz, entretanto, não é necessário o ano todo, mas sim no período de crescimento ativo. Por causa disso é difícil criar Dendrobium dentro de casa ou sob luz artificial.
TEMPERATURA:
Conforme foi dito, há Dendrobium para quase todas as condições de temperatura e por causa de suas necessidades especiais, em termos de água e calor, é possível dividir o gênero em seis grupos de cultivo, que serão considerados mais adiante.
UMIDADE E REGA:
Durante seu período de crescimento, o Dendrobium necessita de regas abundantes, particularmente no verão. Entre uma rega e outra é importante deixar o substrato secar quase completamente. Boa ventilação e a boa secagem das raízes entre as regas são absolutamente essenciais, senão a função respiratória da planta, da qual as raízes são responsáveis, fica seriamente comprometida.
No verão a freqüência das regas é de uma vez a cada dois ou três dias. No outono e no inverno, há duas situações a considerar:
Dendrobium com folhas persistentes: deve ser dada uma quantidade de água que evite os pseudobulbos murchar (+/- uma vez por semana).
Já plantas com folhas decíduas: não deve ser regado, a não ser muito espaçadamente, para evitar que ele seque demais.
O nível de umidade deve ser 60-70% durante o crescimento e ele pode ser reduzido grandemente no período de repouso.
ADUBAÇÃO:
O Dendrobium em geral necessita de muita adubação e isso deve ser feito no mínimo duas vezes por mês no verão e enquanto está crescendo, com um fertilizante do tipo NPK 30-10-10 ou 20-20-20 e no fim do verão e no outono um fertilizante com mais fósforo (P) para prepará-lo para a floração. Exceção a essa regra geral são as espécies de grande altitude da Nova Guiné, que necessitam bem pouca adubação.
Nunca se deve esquecer-se de molhar o substrato antes de aplicar o fertilizante. Os livros aconselham que durante o período de repouso não se deve adubar os Dendrobium, mas há orquidófilos que usam adubo nessa época, porém em menos quantidade.
REPLANTIO E SUBSTRATO:
Replantar é um aspecto importante no cultivo dos Dendrobium.
Eles devem ficar firmes no vaso, com algum suporte. Plantas frouxas nunca se desenvolvem. O vaso deve ser tão pequeno quanto possível, proporcional ao tamanho das raízes.
Um vaso pequeno garante uma melhor drenagem e a secagem das raízes entre as regas. Sob essas condições o substrato se decompõe muito mais devagar e o replante, que é um evento dramático para o Dendrobium, somente será feito a cada três ou quatro anos. Esse intervalo ajuda a produzir raízes vigorosas, o que não seria o caso se replantado anualmente.
O problema do equilíbrio que surge com plantas longas num vaso pequeno, pode ser resolvido colocando o vaso pequeno dentro de um maior e entre eles pedras ou então dependurando o vaso.
O vaso dependurado é ideal para cultivar Dendrobium pendentes e mais, essa solução beneficia a planta com mais calor e luz, melhora a drenagem e concorre para seu melhor crescimento. Vasos com aberturas no fundo e na lateral arejam o substrato e o seca mais rapidamente.
Muitos orquidófilos usam casca de árvores ou troncos para amarrar os Dendrobium, criando condições parecidas com as do habitat.
O momento ideal para o replantio é quando as raízes começam a crescer, o que acontece com os Dendrobium na primavera. É um erro grande replantar quando a orquídea está em repouso, o que pode ocasionar a sua morte.
Algumas precauções a serem a serem observadas:
Não regar por uma ou duas semanas, mantendo a planta na sombra, onde não seja muito quente.
Deve-se usar um spray na folhagem para evitar ressecamento.
O tipo de substrato varia consideravelmente: coco, pedaços de casca de pinho, etc.
Não se deve usar asfágno ou outro substrato que retenha muita água.
PROPAGAÇÃO:
As espécies de Dendrobium são facilmente reproduzidas através das sementes. Também através de meristema ou outras técnicas de cultura de tecidos.
Um método extremamente fácil e bem popular de propagação é através dos keikis, pequenas plantas que se desenvolvem em pseudobulbos, tipo canas antigas, que devem ser destacados quando tiverem dois ou três pseudobulbos e raízes de 5 a 10 cm. Essas mudas são idênticas à planta mãe.
A divisão das plantas, ao replantar, não é um bom método de reprodução. Se a divisão é feita com um rizoma muito curto, o choque da planta pode ser muito grande. A tendência moderna é replantar e deixar um intervalo de umas três semanas antes de fazer a divisão no próprio vaso e não regar dentro de uma semana.
Como em todas as orquídeas simpodiais, a regra dos três pseudobulbos deve ser seguida. Isto produz um melhor efeito estético e as flores serão de melhor qualidade.
O corte de pseudobulbos é outro método de reprodução. É possível cortar um pseudobulbo velho em 10 ou mais peças, cada uma possuindo entrenós. Coloque-os num meio úmido e morno como em areia ou asfágno. Em poucas semanas algumas plantinhas aparecem, tipo keikis, que podem ser plantados mais tarde.
GRUPOS DE CULTIVO:
Levando em conta suas necessidades em termos de rega e temperatura, os Dendrobium podem ser divididos em seis grupos de cultivo:
Grupo I:
É o dos Dendrobium de folhas decíduas, que devem ser mantidos numa temperatura intermediária ou quente na primavera e verão e fria no inverno. Enquanto em crescimento as plantas devem ser regadas e adubadas generosamente e ter bastante luz, enquanto no inverno a rega deve ser totalmente suspensa e a adubação interrompida, mantendo bastante luz. Se não tiverem esse tratamento no inverno, eles não vão florir propriamente e, no lugar de flores, eles produzirão keikis. As principais espécies nesse grupo são: Den. nobile, Den. chrysanthum e Den. wardianum.
Dendrobium nobile
Grupo II:
É o dos Dendrobium de folhas decíduas e que devem ser mantidos numa temperatura quente o ano todo e mantido seco no período de repouso no inverno, apenas tendo alguma rega leve para os pseudobulbos não murcharem.
Rega e adubação devem ser abundantes no verão e interrompidas no inverno.
Apesar de sua necessidade de luz, esses são os únicos Dendrobium que tem alguma chance de se adaptar dentro de casa.
As principais espécies desse grupo são: Den. anosmum ou superbum, Den. findlayanum, Den. heterocarpum ou aureum, Den. parishii, Den. pierardi e Den. aggregatum (incluído neste grupo apesar de ter folhas persistentes).
Dendrobium parishii
Grupo III:
É o dos Dendrobium de folhas persistentes e que devem ser cultivados como os do Grupo I, mantidos na temperatura intermediária ou quente no verão e fria no inverno. Entretanto, devido ao fato de terem folhas persistentes, eles não precisam de um período seco no inverno, somente regas menos freqüentes neste período, por causa da evaporação mínima e da diminuição do metabolismo da planta. Rega e adubação devem ser abundantes no verão.
As principais espécies são: Den. densiflorum, Den. farmeri, Den. fimbriatum, Den. moschatum e Den. thyrsiflorum.
Dendrobium thyrsiflorum
Grupo IV:
É o dos Dendrobium de folhas persistentes, mas, na maioria, plantas de altitude alta que devem ser cultivadas o ano todo em temperatura fria, com boa luminosidade. A temperatura noturna não deve cair abaixo de 12 graus centígrados no inverno e 15 graus no verão.
A rega deve ser suspensa por um breve período de cerca de três semanas após a fase de crescimento, isto é, no começo do outono.
Incluídos neste grupo estão os Dendrobium da seção formosae, que são os que têm pelos negros. São eles: Den. dearei, Den. formosum, Den. lyonii, Den. infundibulum, Den. macrophylum, Den. sanderae e Den. schwetzei e outros da seção Pycnostachya: Den. secundum, Den. pseudoagylome, Den. victoriae-reginae, Den. bracteosum e Den. smillieae.
Dendrobium secundum
Grupo V:
É o dos Dendrobium de folhas persistentes, tendo necessidades semelhantes às do grupo IV, mas são cultivados em temperaturas mais altas, isto é, em temperatura intermediária, nunca abaixo de 15 graus centígrados.
Muito orquidófilos não proporcionam período de repouso a este grupo, mas as opiniões variam e outros dão cerca de três semanas após o período de crescimento, com bons resultados aparentemente.
Este grupo inclui os conhecidos como Dendrobium antílope, em referência às pétalas laterais torcidas. As principais espécies são: Den. taurinum, Den. undulatum, Den. veratrifolium, Den. gouldii e Den. stratiotes.
Dendrobium gouldii
Grupo VI:
É o dos Dendrobium de folhas persistentes, mas que devem ser mantidos em temperatura quente. A temperatura noturna, nunca abaixo de 15 graus centígrados no inverno e abaixo de 17 no verão. Gostam de luz intensa, mas os híbridos de Dendrobium phalaenopsis crescem em condições de pouca luz.
A redução de regas após o período de crescimento é necessária para a boa formação da inflorescência. A água deve ser abundante quando a floração começa e diminuída outra vez até o aparecimento de novos brotos. É essencial usar a água em spray durante esses períodos de racionamento de água.
Estão incluídos neste grupo: Den. phalaenopsis (também híbridos), Den. bigibbum e Den. superbiens (híbrido natural entre Den. bigibbum e Den. discolor).
Dendrobium phalaenopsis
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O número de espécies que ele contém não é muito preciso. Muitos botânicos dizem que é de, pelo menos, 1000, enquanto outros acham que é de mais de 1400.
O gênero é tão grande que se pensa em dividi-lo em gêneros menores, mas os taxonomistas não deram sua aprovação. Em vez disso, ele é dividido em seções.
Originalmente do Sudeste da Ásia, o Dendrobium tem uma vasta distribuição: das ilhas do Pacífico ao Himalaia, incluindo Burma, Malásia, Sul da China, Tailândia, Japão, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia. Em especial está a Papua Nova Guiné, onde há uma grande quantidade de Dendrobium diferentes.
A grande maioria dos Dendrobium é de plantas epífitas. Umas poucas foram encontradas em rochas e outras, em ainda menor número, são terrestres, por isso Olaf Swartz, que estabeleceu o gênero em 1799, deu-lhe o nome “Dendrobium”, do grego “dendros” = árvore e “bios” = vida ou, em outras palavras, “planta vivendo nas árvores”.
Adaptado a um vasto número de diferentes “habitats”, os Dendrobium variam consideravelmente em sua estrutura. As folhas variam em tamanho, de minúsculas a muito grandes, cilíndricas, suculentas, persistentes ou decíduas, longas, estreitas ou largas, com formas curiosas e numa grande variedade de tons de verde. Umas poucas têm pelos. Os pseudobulbos podem ser ovoides, fusiformes, lisos ou com nós salientes, na forma de canas longas, macias ou duras, pendentes ou eretas. Há plantas com pseudobulbos mínimos, com cerca de 1 cm (Den. delicatum, Den. awesii) e outros que chegam a 5 metros.
O Dendrobium é planta simpodial, geralmente com um rizoma do qual novos pseudobulbos ou novas raízes se desenvolvem cada ano.
As flores são muito variáveis em forma, textura, duração e em grande parte são grandes e coloridas. Quase todas as cores podem ser encontradas nesse gênero, exceto, talvez, o azul, sendo que algumas cores contrastantes numa única flor, o que a torna espetacular.
Há flores que duram menos que um dia e outras que duram muitos meses, como é o caso do Dendrobium cuthbertsonii, que chegam a durar 9 meses. A maioria tem flores que duram de 2 a 3 semanas. Em poucas plantas as flores são solitárias, mas na maioria elas são em cachos.
Os Dendrobium são as orquídeas mais floríferas na natureza e também em cultivos com boas condições, o que os fazem mais atrativos e dos mais populares mundialmente. Cada ano mais pessoas se tornam conhecedoras da beleza dos Dendrobium. É natural, então, que muitos hibridadores tenham se concentrado grandemente nesse gênero. Em muitos casos os híbridos são um melhoramento das espécies e os híbridos modernos são mais fáceis de cultivar do que as espécies colhidas nos seus habitats.
Há Dendrobium em todos os tipos de climas: frio, temperado, quente úmido e quente seco e embora sejam extremamente diferentes, na maioria dos Dendrobium, as necessidades são as mesmas.
Sobre o cultivo dos Dendrobium:
LUZ:
Quase todos gostam de luz natural intensa para que desenvolvam pseudobulbos saudáveis, mas deve ser evitado o sol forte direto, que pode queimar suas folhas. Esse tipo de luz, entretanto, não é necessário o ano todo, mas sim no período de crescimento ativo. Por causa disso é difícil criar Dendrobium dentro de casa ou sob luz artificial.
TEMPERATURA:
Conforme foi dito, há Dendrobium para quase todas as condições de temperatura e por causa de suas necessidades especiais, em termos de água e calor, é possível dividir o gênero em seis grupos de cultivo, que serão considerados mais adiante.
UMIDADE E REGA:
Durante seu período de crescimento, o Dendrobium necessita de regas abundantes, particularmente no verão. Entre uma rega e outra é importante deixar o substrato secar quase completamente. Boa ventilação e a boa secagem das raízes entre as regas são absolutamente essenciais, senão a função respiratória da planta, da qual as raízes são responsáveis, fica seriamente comprometida.
No verão a freqüência das regas é de uma vez a cada dois ou três dias. No outono e no inverno, há duas situações a considerar:
Dendrobium com folhas persistentes: deve ser dada uma quantidade de água que evite os pseudobulbos murchar (+/- uma vez por semana).
Já plantas com folhas decíduas: não deve ser regado, a não ser muito espaçadamente, para evitar que ele seque demais.
O nível de umidade deve ser 60-70% durante o crescimento e ele pode ser reduzido grandemente no período de repouso.
ADUBAÇÃO:
O Dendrobium em geral necessita de muita adubação e isso deve ser feito no mínimo duas vezes por mês no verão e enquanto está crescendo, com um fertilizante do tipo NPK 30-10-10 ou 20-20-20 e no fim do verão e no outono um fertilizante com mais fósforo (P) para prepará-lo para a floração. Exceção a essa regra geral são as espécies de grande altitude da Nova Guiné, que necessitam bem pouca adubação.
Nunca se deve esquecer-se de molhar o substrato antes de aplicar o fertilizante. Os livros aconselham que durante o período de repouso não se deve adubar os Dendrobium, mas há orquidófilos que usam adubo nessa época, porém em menos quantidade.
REPLANTIO E SUBSTRATO:
Replantar é um aspecto importante no cultivo dos Dendrobium.
Eles devem ficar firmes no vaso, com algum suporte. Plantas frouxas nunca se desenvolvem. O vaso deve ser tão pequeno quanto possível, proporcional ao tamanho das raízes.
Um vaso pequeno garante uma melhor drenagem e a secagem das raízes entre as regas. Sob essas condições o substrato se decompõe muito mais devagar e o replante, que é um evento dramático para o Dendrobium, somente será feito a cada três ou quatro anos. Esse intervalo ajuda a produzir raízes vigorosas, o que não seria o caso se replantado anualmente.
O problema do equilíbrio que surge com plantas longas num vaso pequeno, pode ser resolvido colocando o vaso pequeno dentro de um maior e entre eles pedras ou então dependurando o vaso.
O vaso dependurado é ideal para cultivar Dendrobium pendentes e mais, essa solução beneficia a planta com mais calor e luz, melhora a drenagem e concorre para seu melhor crescimento. Vasos com aberturas no fundo e na lateral arejam o substrato e o seca mais rapidamente.
Muitos orquidófilos usam casca de árvores ou troncos para amarrar os Dendrobium, criando condições parecidas com as do habitat.
O momento ideal para o replantio é quando as raízes começam a crescer, o que acontece com os Dendrobium na primavera. É um erro grande replantar quando a orquídea está em repouso, o que pode ocasionar a sua morte.
Algumas precauções a serem a serem observadas:
Não regar por uma ou duas semanas, mantendo a planta na sombra, onde não seja muito quente.
Deve-se usar um spray na folhagem para evitar ressecamento.
O tipo de substrato varia consideravelmente: coco, pedaços de casca de pinho, etc.
Não se deve usar asfágno ou outro substrato que retenha muita água.
PROPAGAÇÃO:
As espécies de Dendrobium são facilmente reproduzidas através das sementes. Também através de meristema ou outras técnicas de cultura de tecidos.
Um método extremamente fácil e bem popular de propagação é através dos keikis, pequenas plantas que se desenvolvem em pseudobulbos, tipo canas antigas, que devem ser destacados quando tiverem dois ou três pseudobulbos e raízes de 5 a 10 cm. Essas mudas são idênticas à planta mãe.
A divisão das plantas, ao replantar, não é um bom método de reprodução. Se a divisão é feita com um rizoma muito curto, o choque da planta pode ser muito grande. A tendência moderna é replantar e deixar um intervalo de umas três semanas antes de fazer a divisão no próprio vaso e não regar dentro de uma semana.
Como em todas as orquídeas simpodiais, a regra dos três pseudobulbos deve ser seguida. Isto produz um melhor efeito estético e as flores serão de melhor qualidade.
O corte de pseudobulbos é outro método de reprodução. É possível cortar um pseudobulbo velho em 10 ou mais peças, cada uma possuindo entrenós. Coloque-os num meio úmido e morno como em areia ou asfágno. Em poucas semanas algumas plantinhas aparecem, tipo keikis, que podem ser plantados mais tarde.
GRUPOS DE CULTIVO:
Levando em conta suas necessidades em termos de rega e temperatura, os Dendrobium podem ser divididos em seis grupos de cultivo:
Grupo I:
É o dos Dendrobium de folhas decíduas, que devem ser mantidos numa temperatura intermediária ou quente na primavera e verão e fria no inverno. Enquanto em crescimento as plantas devem ser regadas e adubadas generosamente e ter bastante luz, enquanto no inverno a rega deve ser totalmente suspensa e a adubação interrompida, mantendo bastante luz. Se não tiverem esse tratamento no inverno, eles não vão florir propriamente e, no lugar de flores, eles produzirão keikis. As principais espécies nesse grupo são: Den. nobile, Den. chrysanthum e Den. wardianum.
Dendrobium nobile
Grupo II:
É o dos Dendrobium de folhas decíduas e que devem ser mantidos numa temperatura quente o ano todo e mantido seco no período de repouso no inverno, apenas tendo alguma rega leve para os pseudobulbos não murcharem.
Rega e adubação devem ser abundantes no verão e interrompidas no inverno.
Apesar de sua necessidade de luz, esses são os únicos Dendrobium que tem alguma chance de se adaptar dentro de casa.
As principais espécies desse grupo são: Den. anosmum ou superbum, Den. findlayanum, Den. heterocarpum ou aureum, Den. parishii, Den. pierardi e Den. aggregatum (incluído neste grupo apesar de ter folhas persistentes).
Dendrobium parishii
Grupo III:
É o dos Dendrobium de folhas persistentes e que devem ser cultivados como os do Grupo I, mantidos na temperatura intermediária ou quente no verão e fria no inverno. Entretanto, devido ao fato de terem folhas persistentes, eles não precisam de um período seco no inverno, somente regas menos freqüentes neste período, por causa da evaporação mínima e da diminuição do metabolismo da planta. Rega e adubação devem ser abundantes no verão.
As principais espécies são: Den. densiflorum, Den. farmeri, Den. fimbriatum, Den. moschatum e Den. thyrsiflorum.
Dendrobium thyrsiflorum
Grupo IV:
É o dos Dendrobium de folhas persistentes, mas, na maioria, plantas de altitude alta que devem ser cultivadas o ano todo em temperatura fria, com boa luminosidade. A temperatura noturna não deve cair abaixo de 12 graus centígrados no inverno e 15 graus no verão.
A rega deve ser suspensa por um breve período de cerca de três semanas após a fase de crescimento, isto é, no começo do outono.
Incluídos neste grupo estão os Dendrobium da seção formosae, que são os que têm pelos negros. São eles: Den. dearei, Den. formosum, Den. lyonii, Den. infundibulum, Den. macrophylum, Den. sanderae e Den. schwetzei e outros da seção Pycnostachya: Den. secundum, Den. pseudoagylome, Den. victoriae-reginae, Den. bracteosum e Den. smillieae.
Dendrobium secundum
Grupo V:
É o dos Dendrobium de folhas persistentes, tendo necessidades semelhantes às do grupo IV, mas são cultivados em temperaturas mais altas, isto é, em temperatura intermediária, nunca abaixo de 15 graus centígrados.
Muito orquidófilos não proporcionam período de repouso a este grupo, mas as opiniões variam e outros dão cerca de três semanas após o período de crescimento, com bons resultados aparentemente.
Este grupo inclui os conhecidos como Dendrobium antílope, em referência às pétalas laterais torcidas. As principais espécies são: Den. taurinum, Den. undulatum, Den. veratrifolium, Den. gouldii e Den. stratiotes.
Dendrobium gouldii
Grupo VI:
É o dos Dendrobium de folhas persistentes, mas que devem ser mantidos em temperatura quente. A temperatura noturna, nunca abaixo de 15 graus centígrados no inverno e abaixo de 17 no verão. Gostam de luz intensa, mas os híbridos de Dendrobium phalaenopsis crescem em condições de pouca luz.
A redução de regas após o período de crescimento é necessária para a boa formação da inflorescência. A água deve ser abundante quando a floração começa e diminuída outra vez até o aparecimento de novos brotos. É essencial usar a água em spray durante esses períodos de racionamento de água.
Estão incluídos neste grupo: Den. phalaenopsis (também híbridos), Den. bigibbum e Den. superbiens (híbrido natural entre Den. bigibbum e Den. discolor).
Dendrobium phalaenopsis
Fonte:
www.delfinadearaujo.com
"Copyright © 1996-1999 Sergio Araujo Fotografia S/C Ltda. Todos os direitos reservados. Protegido pela lei de direito autoral do Brasil e por tratados internacionais."
Gênero Cyrtopodium
Aproximadamente 30 espécies são conhecidas, ocorrendo desde a Flórida até a Argentina e Bolívia.
São plantas com grandes pseudobulbos suculentos similares ao de um Catasetum.
Existem espécies terrestres, epífitas e rupícolas. Suas flores são geralmente amarelas com manchas ou pintas marrons e uma espécie com flores cor-de-rosa. As flores são dispostas em grandes hastes florais provenientes da base dos pseudobulbos em desenvolvimento.
Devem ser cultivadas em grandes vasos com boa drenagem, sendo que o substrato vai depender da espécie em cultivo.
Siga as mesmas instruções de rega e fertilização dos Catasetum.
Gostam de sol pleno, porém com bastante ventilação evitando que as folhas se queimem.
Principais espécies: Cyrt. aliciae, Cyrt. andersonii, Cyrt. punctatum, Cyrt. saintlegerianum, Cyrt. humboldtii.
Cyrtopodium sp.
Cyrtopodium aliceae
Fonte:
www.delfinadearaujo.com
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São plantas com grandes pseudobulbos suculentos similares ao de um Catasetum.
Existem espécies terrestres, epífitas e rupícolas. Suas flores são geralmente amarelas com manchas ou pintas marrons e uma espécie com flores cor-de-rosa. As flores são dispostas em grandes hastes florais provenientes da base dos pseudobulbos em desenvolvimento.
Devem ser cultivadas em grandes vasos com boa drenagem, sendo que o substrato vai depender da espécie em cultivo.
Siga as mesmas instruções de rega e fertilização dos Catasetum.
Gostam de sol pleno, porém com bastante ventilação evitando que as folhas se queimem.
Principais espécies: Cyrt. aliciae, Cyrt. andersonii, Cyrt. punctatum, Cyrt. saintlegerianum, Cyrt. humboldtii.
Cyrtopodium sp.
Cyrtopodium aliceae
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Gênero Cymbidium
Cymbidium é um gênero originário da Ásia de plantas que geralmente produzem cachos de flores bastante duráveis e de grande importância ornamental sendo composto por aproximadamente 50 espécies e apresenta-se distribuído da Índia até o leste e sudeste asiático, China, Japão, Indonésia e Austrália.
O nome deriva da palavra grega kymbes (forma de barco) devido a forma do labelo.
Algumas plantas necessitam de clima um pouco mais frio, como aquele encontrado em altitudes mais altas para florescerem bem.
As espécies são geralmente terrestres ou epífitas, porém algumas também são rupícolas e podem facilmente ser reconhecidas por seus pseudobulbos proeminentes com várias folhas lineares. Plantas bastante floríferas, com flores de labelo trilobado, com calosidade central. Todas as espécies possuem duas políneas.
As plantas desenvolvem-se vigorosamente, devem ser regadas e fertilizadas com freqüência.
Gostam de muita luminosidade, porém não gostam de pleno sol.
As espécies com flores grandes, espalhadas desde o Himalaia até a China, requerem um período de frio para iniciar a floração, sendo que a temperatura noturna não deve passar de 12 °C e a rega deve ser reduzida. Exige uma combinação de adubos orgânicos e químicos.
Estas espécies geralmente são vigorosas e cultivadas em grandes vasos.
As espécies terrestres com flores pequenas encontradas no Himalaia, China e Japão, não requerem um período de frio tão extenso e pronunciado, sendo que devem ser cultivadas sob temperaturas baixas a intermediárias por todo o ano. Estas espécies são mais bem cultivadas em vasos. Espécies tropicais com flores pequenas devem ser cultivadas sob calor durante todo o ano e não necessitam de um período de frio pronunciado. Estas espécies possuem flores em hastes pendentes e por isso são mais bem cultivadas em cachepôs.
Não é um bom gênero de orquídeas para se criar dentro de casa pois requerem bastante luz durante o dia e temperaturas bem frescas, mas podem perfeitamente serem transferidas para o interior da casa quando a planta estiver florida.
Principais espécies: Cym. canaliculatum, Cym. dayanum, Cym. devonianum, Cym. eburneum, Cym. ensifolium, Cym. insigne, Cym. lowianum, Cym. madidum, Cym. parishii.
Cymbidium lowianum
Fonte:
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O nome deriva da palavra grega kymbes (forma de barco) devido a forma do labelo.
Algumas plantas necessitam de clima um pouco mais frio, como aquele encontrado em altitudes mais altas para florescerem bem.
As espécies são geralmente terrestres ou epífitas, porém algumas também são rupícolas e podem facilmente ser reconhecidas por seus pseudobulbos proeminentes com várias folhas lineares. Plantas bastante floríferas, com flores de labelo trilobado, com calosidade central. Todas as espécies possuem duas políneas.
As plantas desenvolvem-se vigorosamente, devem ser regadas e fertilizadas com freqüência.
Gostam de muita luminosidade, porém não gostam de pleno sol.
As espécies com flores grandes, espalhadas desde o Himalaia até a China, requerem um período de frio para iniciar a floração, sendo que a temperatura noturna não deve passar de 12 °C e a rega deve ser reduzida. Exige uma combinação de adubos orgânicos e químicos.
Estas espécies geralmente são vigorosas e cultivadas em grandes vasos.
As espécies terrestres com flores pequenas encontradas no Himalaia, China e Japão, não requerem um período de frio tão extenso e pronunciado, sendo que devem ser cultivadas sob temperaturas baixas a intermediárias por todo o ano. Estas espécies são mais bem cultivadas em vasos. Espécies tropicais com flores pequenas devem ser cultivadas sob calor durante todo o ano e não necessitam de um período de frio pronunciado. Estas espécies possuem flores em hastes pendentes e por isso são mais bem cultivadas em cachepôs.
Não é um bom gênero de orquídeas para se criar dentro de casa pois requerem bastante luz durante o dia e temperaturas bem frescas, mas podem perfeitamente serem transferidas para o interior da casa quando a planta estiver florida.
Principais espécies: Cym. canaliculatum, Cym. dayanum, Cym. devonianum, Cym. eburneum, Cym. ensifolium, Cym. insigne, Cym. lowianum, Cym. madidum, Cym. parishii.
Cymbidium lowianum
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Gênero Cattleya
O nome do gênero é em homenagem a William Cattley horticulturista inglês do século XIX.
Descrição geral:
Cattleya é um gênero de orquídeas com cerca de setenta espécies. Está presente em todo o território brasileiro, com espécies em todo o Sudeste, especialmente na Mata Atlântica e no Cerrado. Muito cultivada por seu tamanho e beleza, está disseminada em todo o país em lojas e floriculturas.
É muito fácil de ser cultivada, prefere ficar sobre ripados de madeira, na chamado meia-sombra, mas podem ser cultivadas em apartamentos e interiores.
In natura, vive em lugares arejados e úmidos e temperaturas relativamente altas, em árvores de pouca sombra (luminosidade em torno de 60% para a maioria das espécies). O arejamento é um fator primordial para se conseguir belas flores.
Podem ser facilmente divididas quando emitem novas raízes para fora do vaso, e o melhor momento para dividi-las é logo após a floração quando o novo crescimento estiver apenas iniciando.
É um dos mais, senão o mais importante, gênero da horticultura, caracterizado por possuir pseudobulbos cilíndricos com vários nódulos, com folhas apicais e carnudas. As espécies são normalmente epífitas, ocorrendo em florestas úmidas em altitudes que variam do nível do mar até 1500 metros de altitude. A maioria das espécies é encontrada no alto de grandes árvores e deve ser cultivada sob condições intermediárias, com boa umidade ambiente. Podem ser separadas em dois grupos: um formado por plantas bifoliadas (duas folhas ou em pares) e outro por plantas unifoliadas (uma folha apenas). Este último com espécies cujas flores normalmente são maiores e em menor número, enquanto as bifoliadas possuem geralmente flores menores em maior número.
As espécies do grupo das bifoliadas devem ser cultivadas em vasos, com as plantas colocadas sobre uma casca ou sphagnum em sua volta, ao passo que as unifoliadas devem ser cultivadas em vasos com substrato de casca de pinus, carvão e fibra de coco.
Principais espécies: C. aurantiaca, C. bicolor, C. dowiana, C. guttata, C. intermédia, C. labiata, C. loddigesii, C. lueddemanniana, C. mossiae, C. máxima, C. nobilior, C. percivaliana, C. schilleriana, C. trianae, C. walkeriana, C.warneri, C. warscewiczii, C. eldorado.
DESCRIÇÃO DE ALGUMAS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE CATTLEYA
Cattleya guttata : Magnífica espécie com pseudobulbos eretos e cilíndricos de 50 cm de altura, bifoliadas. Inflorescência com trinta flores de 10 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas castanhas salpicadas de púrpura. Labelo trilobado em forma de istmo e disco largo roxo-ametista. Cheiro agradável a canela. Originária do litoral brasileiro desde o Rio de Janeiro até a Bahia. A sua cultura exige bastante rega durante a vegetação.
Cattleya intermedia: Espécie bastante espalhada no litoral meridional brasileiro – desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Planta de fácil cultura, com pseudobulbos roliços e sulcados, de 25 cm a 45 cm de altura, bifoliados, com inflorescências de 3-5 flores de 10 cm de diâmetro. A planta tipo tem sépalas e pétalas róseas ou brancas e labelo púrpura-escuro.
Cattleya labiata: Flor grande caracteriza o grupo das Cattleya labiata. São todas nativas da América do Sul e epífitas, com pseudobulbos de 15 a 20 cm de altura. Flores de 15 a 25 cm de diâmetro. As Cattleya de flor média também são nativas da América do Sul e produzem hastes florais com até 10 flores em cacho.
Cattleya loddigesii: Espécie bastante conhecida no Centro-Sul do Brasil, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. Com pseudobulbos cilíndricos de 30 cm a 50 cm de altura e bifoliadas. Sépalas e pétalas róseo-lilás, largas, labelo trilobado, lóbulos laterais arredondados, ondulados e lóbulo frontal de cor ametista-pálido passando para amarelo na base. A variedade Alba é totalmente branca. Fácil cultura em ripados.
Cattleya mossiae: Magnífica variedade azulada desta significativa espécie venezuelana com flores de 20 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas encrespadas, cinzentas-azuladas, labelo róseo-azulado. Limbo amplo, largamente aberto com centro purpúreo matizado de roxo, margem branca, fauce amarela estriada de carmesim. Floresce em setembro/outubro.
Cattleya nobilior: Espécie originária do Brasil Central que aparece numa altitude entre 600 a 900 metros. Pseudobulbos de 10 cm de altura, oval, fusiforme ou claviforme sulcados e com duas folhas de 10 cm de comprimento, elíptico-ovais e coríaceas. As flores nascem da base dos pseudobulbos. Flores nascem da base dos pseudobulbos. Flores de 15 cm de diâmetro de cor róseo-púrpuras. Labelo grosso, profundamente trilobado e com lóbulos frontais uniformes e emarginados, disco amarelado com estrias púrpuras.
Para obter uma boa floração devem-se parar totalmente as regas após o amadurecimento dos pseudobulbos. Floresce em agosto/setembro.
Cattleya walkeriana: Espécie com floração hibernal, crescimento esparramado e desordenado. Vegeta sobre árvores ou rochas numa altitude entre 700 a 1000 metros. Pseudobulbos curtos, cilíndricos, fusiformes e sulcadas com uma única folha elíptica-lanceloada, coríacea. Inflorescências que nascem de falso pseudobulbo com duas e três flores de 10 cm de diâmetro. Flores com muita substância e grande durabilidade. São de cor rosa-púrpura até magenta. Labelo panduriforme, plano, branco no centro e magenta no restante, com zona marginal mais escura. Existem belíssimas variedades albas, semi-albas e coeruleas. Seu cultivo vai bem em placas de peroba ou toco de madeira inclinado dentro de vaso de barro, completado com xaxim e casca de pinus. Flores entre maio e julho.
Cattleya warneri: Magnífica espécie brasileira do grupo, com robustos pseudobulbos claviformes e largas folhas elípticas, de crescimento viçoso. Flores grandes, alcançando 25 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas róseo-lilás ou róseo-púrpura, labelo grande púrpura-escuro, muito aberto, com estrias avermelhadas. Fauce amarela com zonas brancas. Vegeta em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia. É de fácil cultura e floresce em outubro/novembro.
Fonte:
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Descrição geral:
Cattleya é um gênero de orquídeas com cerca de setenta espécies. Está presente em todo o território brasileiro, com espécies em todo o Sudeste, especialmente na Mata Atlântica e no Cerrado. Muito cultivada por seu tamanho e beleza, está disseminada em todo o país em lojas e floriculturas.
É muito fácil de ser cultivada, prefere ficar sobre ripados de madeira, na chamado meia-sombra, mas podem ser cultivadas em apartamentos e interiores.
In natura, vive em lugares arejados e úmidos e temperaturas relativamente altas, em árvores de pouca sombra (luminosidade em torno de 60% para a maioria das espécies). O arejamento é um fator primordial para se conseguir belas flores.
Podem ser facilmente divididas quando emitem novas raízes para fora do vaso, e o melhor momento para dividi-las é logo após a floração quando o novo crescimento estiver apenas iniciando.
É um dos mais, senão o mais importante, gênero da horticultura, caracterizado por possuir pseudobulbos cilíndricos com vários nódulos, com folhas apicais e carnudas. As espécies são normalmente epífitas, ocorrendo em florestas úmidas em altitudes que variam do nível do mar até 1500 metros de altitude. A maioria das espécies é encontrada no alto de grandes árvores e deve ser cultivada sob condições intermediárias, com boa umidade ambiente. Podem ser separadas em dois grupos: um formado por plantas bifoliadas (duas folhas ou em pares) e outro por plantas unifoliadas (uma folha apenas). Este último com espécies cujas flores normalmente são maiores e em menor número, enquanto as bifoliadas possuem geralmente flores menores em maior número.
As espécies do grupo das bifoliadas devem ser cultivadas em vasos, com as plantas colocadas sobre uma casca ou sphagnum em sua volta, ao passo que as unifoliadas devem ser cultivadas em vasos com substrato de casca de pinus, carvão e fibra de coco.
Principais espécies: C. aurantiaca, C. bicolor, C. dowiana, C. guttata, C. intermédia, C. labiata, C. loddigesii, C. lueddemanniana, C. mossiae, C. máxima, C. nobilior, C. percivaliana, C. schilleriana, C. trianae, C. walkeriana, C.warneri, C. warscewiczii, C. eldorado.
DESCRIÇÃO DE ALGUMAS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE CATTLEYA
Cattleya guttata : Magnífica espécie com pseudobulbos eretos e cilíndricos de 50 cm de altura, bifoliadas. Inflorescência com trinta flores de 10 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas castanhas salpicadas de púrpura. Labelo trilobado em forma de istmo e disco largo roxo-ametista. Cheiro agradável a canela. Originária do litoral brasileiro desde o Rio de Janeiro até a Bahia. A sua cultura exige bastante rega durante a vegetação.
Cattleya intermedia: Espécie bastante espalhada no litoral meridional brasileiro – desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Planta de fácil cultura, com pseudobulbos roliços e sulcados, de 25 cm a 45 cm de altura, bifoliados, com inflorescências de 3-5 flores de 10 cm de diâmetro. A planta tipo tem sépalas e pétalas róseas ou brancas e labelo púrpura-escuro.
Cattleya labiata: Flor grande caracteriza o grupo das Cattleya labiata. São todas nativas da América do Sul e epífitas, com pseudobulbos de 15 a 20 cm de altura. Flores de 15 a 25 cm de diâmetro. As Cattleya de flor média também são nativas da América do Sul e produzem hastes florais com até 10 flores em cacho.
Cattleya loddigesii: Espécie bastante conhecida no Centro-Sul do Brasil, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. Com pseudobulbos cilíndricos de 30 cm a 50 cm de altura e bifoliadas. Sépalas e pétalas róseo-lilás, largas, labelo trilobado, lóbulos laterais arredondados, ondulados e lóbulo frontal de cor ametista-pálido passando para amarelo na base. A variedade Alba é totalmente branca. Fácil cultura em ripados.
Cattleya mossiae: Magnífica variedade azulada desta significativa espécie venezuelana com flores de 20 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas encrespadas, cinzentas-azuladas, labelo róseo-azulado. Limbo amplo, largamente aberto com centro purpúreo matizado de roxo, margem branca, fauce amarela estriada de carmesim. Floresce em setembro/outubro.
Cattleya nobilior: Espécie originária do Brasil Central que aparece numa altitude entre 600 a 900 metros. Pseudobulbos de 10 cm de altura, oval, fusiforme ou claviforme sulcados e com duas folhas de 10 cm de comprimento, elíptico-ovais e coríaceas. As flores nascem da base dos pseudobulbos. Flores nascem da base dos pseudobulbos. Flores de 15 cm de diâmetro de cor róseo-púrpuras. Labelo grosso, profundamente trilobado e com lóbulos frontais uniformes e emarginados, disco amarelado com estrias púrpuras.
Para obter uma boa floração devem-se parar totalmente as regas após o amadurecimento dos pseudobulbos. Floresce em agosto/setembro.
Cattleya walkeriana: Espécie com floração hibernal, crescimento esparramado e desordenado. Vegeta sobre árvores ou rochas numa altitude entre 700 a 1000 metros. Pseudobulbos curtos, cilíndricos, fusiformes e sulcadas com uma única folha elíptica-lanceloada, coríacea. Inflorescências que nascem de falso pseudobulbo com duas e três flores de 10 cm de diâmetro. Flores com muita substância e grande durabilidade. São de cor rosa-púrpura até magenta. Labelo panduriforme, plano, branco no centro e magenta no restante, com zona marginal mais escura. Existem belíssimas variedades albas, semi-albas e coeruleas. Seu cultivo vai bem em placas de peroba ou toco de madeira inclinado dentro de vaso de barro, completado com xaxim e casca de pinus. Flores entre maio e julho.
Cattleya warneri: Magnífica espécie brasileira do grupo, com robustos pseudobulbos claviformes e largas folhas elípticas, de crescimento viçoso. Flores grandes, alcançando 25 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas róseo-lilás ou róseo-púrpura, labelo grande púrpura-escuro, muito aberto, com estrias avermelhadas. Fauce amarela com zonas brancas. Vegeta em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia. É de fácil cultura e floresce em outubro/novembro.
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Gênero Catasetum
AMBIENTE:
Ao iniciar o cultivo de Catasetum é necessário a escolha de um local com boa ventilação e que tenha uma cobertura para proteção do excesso de chuva e separado de outras plantas.
A maioria dos Catasetum são plantas de regiões quentes, e maioria das espécies não tolera a exposição por muito tempo a baixa temperatura, ou seja, inferior a 4 ºC e neste caso as plantas deverão ser abrigadas em lugares aquecidos.
Gosta de intensa luminosidade, e locais com alta umidade relativa do ar, gerando flores robustas e muitas vezes perfumadas de até seis centímetros.
Pode pegar até quatro horas de sol fraco no início da manhã.
PLANTIO:
O transplante ou plantio deverá ser feito no final do inverno, quando as plantas começam a brotar e emitir as raízes novas. Os vasos indicados são de plástico para as regiões secas e de barro para as regiões onde há muita umidade e deve-se escolher vaso proporcional ao tamanho das plantas. O substrato fica a critério de cada um, o importante é que dê condições de aeração, fixação e disponibilidades de nutrientes.
CICLO VEGETATIVO:
Os Catasetum tem dois períodos distintos ou seja período de crescimento e período de dormência. No período de crescimento os mesmo necessitam de muita água, adubação e tratos culturais, enquanto no período de dormência, que começa logo após as quedas das folhas é neste período que as plantas deverão ficar sem receber água e protegidos de chuvas, com exceção as espécies do alto Amazonas que poderão ser irrigados levemente a cada 15 dias evitando de irrigar nos dias de alta umidade ou dias que a temperatura estiver baixa.
Esse gênero é um dos poucos que tem o sexo apresentado na forma "monóica", exibindo flores masculinas e femininas, os dois sexos na mesma planta.
Suas hastes florais alcançam trinta centímetros de altura e brota geralmente no outono. Seu labelo é riniforme, com sua parte interna de coloração vermelho-alaranjado.
Possui ainda pseudobulbos cilíndricos, vigorosos e chamativos.
IRRIGAÇÃO:
Irrigar os Catasetum somente pela manhã e evitar de irrigar nos dias de alta umidade de modo que à tarde as partes aéreas das plantas estejam enxutas, se a sua região é de alta umidade faça a irrigação somente no substrato evitando que os pequenos brotos fiquem com a água acumulada, o que pode vir a causar o apodrecimento do mesmo. A rega é feita com maior vigor no período de crescimento (verão), diminuindo de acordo com a proximidade do período de repouso (inverno).
ADUBAÇÃO:
Para se obter plantas fortes é necessário uma boa adubação no período de crescimento mas sem exagerar na dosagem. Usa-se as doses recomendadas, porem aplique com mais freqüência, usando a formulação balanceada (Ex: 10-10-10 ou 20-20-20), dependendo do substrato, pode-se fazer o uso da torta de mamona, usando meia colher de chá em uma só aplicação logo após o inicio da brotação, não é recomendado aplicar quando o substrato for xaxim ou musgo.
Catasetum barbatum
Fonte:
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Ao iniciar o cultivo de Catasetum é necessário a escolha de um local com boa ventilação e que tenha uma cobertura para proteção do excesso de chuva e separado de outras plantas.
A maioria dos Catasetum são plantas de regiões quentes, e maioria das espécies não tolera a exposição por muito tempo a baixa temperatura, ou seja, inferior a 4 ºC e neste caso as plantas deverão ser abrigadas em lugares aquecidos.
Gosta de intensa luminosidade, e locais com alta umidade relativa do ar, gerando flores robustas e muitas vezes perfumadas de até seis centímetros.
Pode pegar até quatro horas de sol fraco no início da manhã.
PLANTIO:
O transplante ou plantio deverá ser feito no final do inverno, quando as plantas começam a brotar e emitir as raízes novas. Os vasos indicados são de plástico para as regiões secas e de barro para as regiões onde há muita umidade e deve-se escolher vaso proporcional ao tamanho das plantas. O substrato fica a critério de cada um, o importante é que dê condições de aeração, fixação e disponibilidades de nutrientes.
CICLO VEGETATIVO:
Os Catasetum tem dois períodos distintos ou seja período de crescimento e período de dormência. No período de crescimento os mesmo necessitam de muita água, adubação e tratos culturais, enquanto no período de dormência, que começa logo após as quedas das folhas é neste período que as plantas deverão ficar sem receber água e protegidos de chuvas, com exceção as espécies do alto Amazonas que poderão ser irrigados levemente a cada 15 dias evitando de irrigar nos dias de alta umidade ou dias que a temperatura estiver baixa.
Esse gênero é um dos poucos que tem o sexo apresentado na forma "monóica", exibindo flores masculinas e femininas, os dois sexos na mesma planta.
Suas hastes florais alcançam trinta centímetros de altura e brota geralmente no outono. Seu labelo é riniforme, com sua parte interna de coloração vermelho-alaranjado.
Possui ainda pseudobulbos cilíndricos, vigorosos e chamativos.
IRRIGAÇÃO:
Irrigar os Catasetum somente pela manhã e evitar de irrigar nos dias de alta umidade de modo que à tarde as partes aéreas das plantas estejam enxutas, se a sua região é de alta umidade faça a irrigação somente no substrato evitando que os pequenos brotos fiquem com a água acumulada, o que pode vir a causar o apodrecimento do mesmo. A rega é feita com maior vigor no período de crescimento (verão), diminuindo de acordo com a proximidade do período de repouso (inverno).
ADUBAÇÃO:
Para se obter plantas fortes é necessário uma boa adubação no período de crescimento mas sem exagerar na dosagem. Usa-se as doses recomendadas, porem aplique com mais freqüência, usando a formulação balanceada (Ex: 10-10-10 ou 20-20-20), dependendo do substrato, pode-se fazer o uso da torta de mamona, usando meia colher de chá em uma só aplicação logo após o inicio da brotação, não é recomendado aplicar quando o substrato for xaxim ou musgo.
Catasetum barbatum
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Gênero Brassia
Gênero que tem seu nome dedicado ao botânico inglês William Brass. É um gênero composto por 29 espécies descritas. São distribuídas por toda América tropical. Caracterizado por possuir inflorescência em longas hastes florais com numerosos pares de flores de até seis centímetros, muitas delas perfumadas e de cores fortes. As flores são grandes em forma de aranha, sendo que as sépalas e pétalas são bem maiores no comprimento do que na largura, algumas atingem 25 centímetros de comprimento.
Floresce o ano inteiro, quando podem brotar simultaneamente até 50 flores.
De flores duráveis e coloração amarela, branca ou verde, as Brassia preferem luz indireta e temperaturas mais amenas, entre 12 e 20 graus. Gostam de umidade. Possui por vezes pseudobulbos e se adapta bem em vasos de cerâmica e até placas.
A maioria das espécies é epífita, encontradas em florestas úmidas em altitudes que vão do nível do mar até 1500 metros. São facilmente cultivadas junto às Cattleyas. Gostam de boa luminosidade, bastante umidade e boa adubação.
Principais espécies: Brs. arcuigera, Brs. caudata, Brs. gireoudiana, Brs. lanceana, Brs. verrucosa.
Brassia caudata: Possui hastes florais de 40cm ou mais de comprimento e produzem cerca de 12 flores cada uma, normalmente no outono e no início do inverno. As flores, cerosas e perfumadas, possuem pétalas de aproximadamente 6cm. As folhas, verdes com manchas avermelhadas medem de 20 a 25cm de comprimento e são arqueadas. Esta espécie, em especial, gosta até de um pouco de sol direto pela manhã.
Fonte:
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De flores duráveis e coloração amarela, branca ou verde, as Brassia preferem luz indireta e temperaturas mais amenas, entre 12 e 20 graus. Gostam de umidade. Possui por vezes pseudobulbos e se adapta bem em vasos de cerâmica e até placas.
A maioria das espécies é epífita, encontradas em florestas úmidas em altitudes que vão do nível do mar até 1500 metros. São facilmente cultivadas junto às Cattleyas. Gostam de boa luminosidade, bastante umidade e boa adubação.
Principais espécies: Brs. arcuigera, Brs. caudata, Brs. gireoudiana, Brs. lanceana, Brs. verrucosa.
Brassia caudata: Possui hastes florais de 40cm ou mais de comprimento e produzem cerca de 12 flores cada uma, normalmente no outono e no início do inverno. As flores, cerosas e perfumadas, possuem pétalas de aproximadamente 6cm. As folhas, verdes com manchas avermelhadas medem de 20 a 25cm de comprimento e são arqueadas. Esta espécie, em especial, gosta até de um pouco de sol direto pela manhã.
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Gênero Brassavola
Gênero distribuído pela América Central e do Sul, com aproximadamente 17 espécies.
Caracteriza-se por possuir pequenos pseudobulbos, com folhas apicais semi-terete.
A inflorescência sai do ápice dos pseudobulbos e contém um labelo branco arredondado em torno da coluna formando um tubo, que abre na frente como um coração. São encontradas em florestas úmidas desde o nível do mar até 1000 metros de altitude.
A grande maioria das espécies possui hábito epífito e são facilmente cultivadas em vasos, sob temperaturas intermediárias e boa luminosidade. Produzem lindas flores, bastante duráveis e perfumadas.
Principais espécies: B. cordata, B. nodosa, B. cucullata, B. flagellaris, B. fragrans, B. perinii.
Brassavola fragans: Epécie epífita sul-americana, com folhas roliças e sulcadas. Distribuída no Centro e Sul do Brasil. Pétalas e sépalas cor branco-esverdeado e labelo branco. Deve ser cultivada em cestinhas (cachepô) de madeira, necessitando de muita luz.
Brassavola perinii: Espécie epífita exclusivamente americana com folhas roliças e profundamente sulcadas. Espécie proveniente do interior do centro e sul do Brasil. Flores com labelo elíptico e pontiagudo envolvendo a coluna na base. Pétalas e sépalas branca-esverdeadas e labelo branco. Deve ser cultivada em cestinhas (cachepô) ou cubos de madeira, necessitando de muita luz.
Fonte: www.delfinadearaujo.com
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Caracteriza-se por possuir pequenos pseudobulbos, com folhas apicais semi-terete.
A inflorescência sai do ápice dos pseudobulbos e contém um labelo branco arredondado em torno da coluna formando um tubo, que abre na frente como um coração. São encontradas em florestas úmidas desde o nível do mar até 1000 metros de altitude.
A grande maioria das espécies possui hábito epífito e são facilmente cultivadas em vasos, sob temperaturas intermediárias e boa luminosidade. Produzem lindas flores, bastante duráveis e perfumadas.
Principais espécies: B. cordata, B. nodosa, B. cucullata, B. flagellaris, B. fragrans, B. perinii.
Brassavola fragans: Epécie epífita sul-americana, com folhas roliças e sulcadas. Distribuída no Centro e Sul do Brasil. Pétalas e sépalas cor branco-esverdeado e labelo branco. Deve ser cultivada em cestinhas (cachepô) de madeira, necessitando de muita luz.
Brassavola perinii: Espécie epífita exclusivamente americana com folhas roliças e profundamente sulcadas. Espécie proveniente do interior do centro e sul do Brasil. Flores com labelo elíptico e pontiagudo envolvendo a coluna na base. Pétalas e sépalas branca-esverdeadas e labelo branco. Deve ser cultivada em cestinhas (cachepô) ou cubos de madeira, necessitando de muita luz.
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Gênero Bifrenaria
Gênero que foi subdividido recentemente e conta hoje com cerca de 6 espécies, distribuídas pelo Brasil. As plantas do gênero caracterizam-se por possuírem pseudobulbos ovóide-quadrangulares, com uma ou duas folhas levemente e fibrosas. As flores crescem a partir da base dos pseudobulbos em hastes uniflorais.
São espécies epífitas, que crescem em florestas tropicais úmidas, em locais com altitude de 200 a 700 metros.
A maior parte das espécies está concentrada no sudeste brasileiro e possui flores grandes e em pequeno número.
Devem ser cultivadas em temperaturas intermediárias, com boa umidade e luz.
São mais bem cultivadas em vasos com xaxim, sendo regadas regularmente e da mesma forma durante todo o ano.
São plantas de fácil cultivo, porém com pouca floração.
Principais espécies: Bif. tropurpurea, Bif. harrisoniae, Bif. tetrágona, Bif. thyriantina.
Bifrenaria thyrianthina: Espécie que cresce nas pedras em Minas Gerais, sendo, portanto, rupícola. Pseudobulbos ovóides e agrupados com uma única folha coríacea e plissada verde-escura. São de fácil cultura em vasos com material orgânico desfibrado e exigem muita luz.
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A maior parte das espécies está concentrada no sudeste brasileiro e possui flores grandes e em pequeno número.
Devem ser cultivadas em temperaturas intermediárias, com boa umidade e luz.
São mais bem cultivadas em vasos com xaxim, sendo regadas regularmente e da mesma forma durante todo o ano.
São plantas de fácil cultivo, porém com pouca floração.
Principais espécies: Bif. tropurpurea, Bif. harrisoniae, Bif. tetrágona, Bif. thyriantina.
Bifrenaria thyrianthina: Espécie que cresce nas pedras em Minas Gerais, sendo, portanto, rupícola. Pseudobulbos ovóides e agrupados com uma única folha coríacea e plissada verde-escura. São de fácil cultura em vasos com material orgânico desfibrado e exigem muita luz.
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03 April 2010
Uma Viagem no Inverno
Em julho de 2007, fomos uma turma para o Pico da Bandeira, localizado no Parque Nacional do Caparaó, há 60 km de Manhuaçu. Como nunca tinha ido, mesmo morando tão perto, não pensei duas vezes antes de aceitar. Partimos na tarde sexta-feira (27/07/07) com destino àquela grande aventura. Chegamos à cidade de Alto Caparaó – MG no fim da tarde, início da noite. Passamos a noite na cidade, tomando uma cachacinha pra esquentar o frio. No sábado de manhã (28/07/07) acordamos, tomamos um café da manhã reforçado. Bacon, pães e conhaque no leite. Reunimos a turma, tiramos algumas fotos e fomos almoçar. Depois do almoço, descansamos e discutimos as táticas de subida. Chegamos à portaria do parque aproximadamente às 16:00 e éramos um grupo de onze pessoas. Subimos 6 km de carro até a tronqueira, local onde o pessoal costuma acampar e último local de acesso com veículos motorizados. Fizemos uma hora por lá, tiramos mais fotos, alguns montaram barraca. Preparamos um camarãozinho e tome conhaque. No fim da tarde pude ver e fotografar o maravilhoso por do sol, sobre aquele lindo mar de nuvens entre montanhas. Pegamos nossas mochilas no início da noite, colocamos nas costas e caminhamos 4,5 km por trilhas até o terreirão, último local para acampamento antes do cume, a 2370 m de altitude. Chegamos ao terreirão por volta de 23:30, onde conseguimos um cantinho seco para nos proteger do frio e fomos logo preparar nossa alimentação. Sopas, barrinhas de cereal, chás predominavam no cardápio. Estávamos exaustos pela longa caminhada por trilhas íngremes. Após isso fomos tirar algumas fotos da nossa turma. Esse período que passamos no acampamento foi muito legal. Tinha em média umas 50 barracas espalhadas pela área de camping. Conhecemos e encontramos pessoas de vários lugares. Era praticamente uma comunidade alternativa, separadas por turmas, clãs e tribos. No local via-se rodas de bate papo, de churrascos e de músicas ao som de vozes e violão. Todos muito animados.
Lembro-me quando estava a minha turma deitada, descansando para a grande subida, quando passou um garotinho correndo e gritando: “Zerou! O termômetro zerou!” Está fazendo zero grau! Só vi algumas pessoas saindo de dentro de suas barracas. Após esse momento, algumas pessoas prepararam sua alimentação no fogareiro, e após isso tentaram em vão descansar definitivamente, uma vez que um dos grupos estava cantarolando em alto e bom som. Tentei dormir, mas consegui apenas tirar alguns cochilos. Estava muito frio. Nos amontoamos feito filhotes de rato, um em cima do outro, para tentar um calor. Durante todo o dia e noite olhávamos para o céu, pois só poderíamos subir caso o céu estivesse limpo e sem perigo de chuvas. Por várias vezes o céu ficou nublado e outras muitas, limpo, aumentando cada vez mais nossas expectativas. A lua estava cheia e linda, clareando todo o acampamento, sem precisar em alguns momentos clarear com a lanterna por onde andávamos.
Às 2:00 a grande maioria estava acordada se preparando e preparando os outros para a subida. Eu estava com uma luva, duas meias, gorro, três blusas de frio e duas calças. Às 3:00 partimos em direção ao cume. O céu estava limpo e estrelado. Tudo mostrava que ia ser perfeito o nascer do sol.
A maioria ia subir pela primeira vez ao pico e mais outras pessoas que já haviam subido anteriormente. Estávamos ansiosos para saber o que nos esperava lá em cima. Tínhamos que subir 4,5 km, e em subidas cada vez mais íngremes. Durante a subida o clima foi mudando. Aquele tempo gostoso e friozinho foi ficando cada vez mais instável. Foi formando uma pequena névoa e um ventinho que nos dava arrepios. Fomos colocando mais agasalhos e bebendo conhaque para aquecer. Pensamos que aquela névoa ia passar, mas ao contrário: aumentou cada vez mais e se transformando em um chuvisco e engrossando até formar uma grossa chuva. Assim também foi o vento, de uma leve brisa, se transformou num vento forte. As gotas de água gelada juntamente com o vento, iam batendo em nossos rostos, como se fossem alvejados por pedras, tão grande era a dor que sentíamos. A subida estava cada vez mais difícil, cada vez mais íngreme e, como se não bastasse, chovia. Sabíamos que não ia ser nada fácil chegar e ficar no cume esperando o sol nascer. Estávamos preparados mental e fisicamente para o frio e o vento, mas não para a tempestade. Algumas pessoas até cogitaram desistir e retornar. Após uma difícil subida e debaixo de uma forte chuva e ventania, finalmente chegamos aos pés do Cristo fixado no cume, a exatamente 2892 m de altitude. Era exatas 5:00. Só dava pra ver pequenos grupos amontoados em blocos para tentar fugir da ventania e da chuva. Fizemos a mesma coisa: aglomeramos-nos numa pequena fresta entre a rocha e a terra e tentamos com o cobertor nos cobrir. Tentávamos ficar o mais próximo um do outro e compartilhar o calor de nossos corpos. Os dedos das mãos e dos pés já estavam doendo. Ficávamos respirando por debaixo da coberta para aumentar o calor. Nessa hora ouvi uma pessoa gritar: - “Está dando -4°!”. Não acreditava no que tinha ouvido. Começou aí nosso sofrimento que duraria um bom tempo. Tremíamos, senti dores como nunca havia sentido. Ficamos imóveis tentando nos aquecer.
O sol, segundo dados da internet, começaria a nascer por volta de 6:12. Estava ventando muito forte e a chuva nos alvejava o rosto, e doía como laminas cortando a carne. Nossos ossos pareciam estar trincando de tanta dor. Entramos entre duas rochas e ficamos cada vez mais unidos segurando o cobertor que o vento insistia em nos tirar. Estava muito mais frio e ouvíamos o barulho das juntas duras pelo frio, quando mexíamos as mãos e os pés para circular o sangue. O vento, segundo outros que lá estavam, soprava a 75 km/h. O frio era tão grande que não só eu, mas todos os que estavam lá em cima, já estavam se acostumando com a idéia de que não agüentaríamos mais. Nunca senti tanto frio e aperto na minha vida. Nossa esperança era que o sol nascesse para nos aquecer, mas foi em vão. O frio não cessou.
Já por volta de 7:00, começamos a descer, pois o sol já havia nascido, e se ficássemos ali, íamos morrer congelados, mas nos aqueceríamos com o movimento na descida. Quando saímos do meio das duas rochas, aquela chuva junto ao vento, que nos chicoteava o corpo e que nos tirava o cobertor, dificultava também nossa caminhada, de tão forte que estava. Já não sentia os dedos dos pés e das mãos. Parei por um instante e tirei minha luva, imaginando que veria meus dedos e unhas roxos. Fiquei mais calmo quando vi que ainda estavam normais. Aquela passada de onde estávamos até a descida do cume, também foi terrível. Durante o tempo que passamos lá em cima, não dava pra ver 5 m a frente por causa da neblina e chuva. Assim que começamos a descer escutei uma pessoa que estava de posse de um termômetro reclamar do frio. Segundo ele, a temperatura chegou a -8° naquela dura madrugada. É fato ainda que a sensação térmica pode chegar a 5° a menos que a real quando venta. Então entendíamos o porquê tínhamos sentido tanto frio: com aqueles fortes ventos, a temperatura que sentíamos era em torno de -13°, se não for pra menos por causa da grossa chuva. Algumas pessoas que foram ao pico várias outras vezes, nunca viram tal fenômeno como aquela madrugada. Já ouviram falar em temperaturas de -16°, mas aquela tempestade e ventania, nunca tinham visto igual.
De pouco a pouco, a chuva e o vento iam se amenizando, podendo finalmente nos aquecer com os movimentos da descida. Podia se ver sobre as toucas, uma fina camada de gelo. Quando faltavam uns 3 km para chegar ao terreirão (acampamento), o poderoso sol saiu limpando todo o céu e também nos aquecendo. Podíamos ver lindas paisagens: montanhas e vales verdes. Daí, pude ver, pensar e reconhecer o quão maravilhosa, poderosa e ao mesmo tempo severa era a Mãe Natureza.
Na descida pude notar o cansaço estampado no rosto de cada um pelo sofrimento, dor e frustração de não ter visto o mais lindo fenômeno do Pico da Bandeira: ver o sol nascer lá em baixo por entre montanhas e por cima de um mar de nuvens, formando a mais bela imagem. Fico pensando: ir ao Pico da Bandeira e não ver o sol nascer, é como ir à Praça de São Pedro num domingo e não assistir ao Ângelus dado pelo Papa, para um católico. Não faz sentido. E mesmo assim, estávamos felizes por ter aguentado e sobrevivido àquela experiência.
Talvez julgue um pouco exagerada essa narrativa, mas só entende o que passamos e sentimos lá quem passar pela mesma experiência.
Chegamos ao terreirão por volta de 9:00, debaixo de um forte sol. O pessoal já estava desarmando acampamento para descer. Esperamos reunir todos que subiram, lanchamos e tiramos algumas fotos para recordar aquele dia.
Quando estava tudo pronto, descemos para a tronqueira. Saímos do terreirão sobre forte sol, e chegamos à tronqueira por volta das 10:00 e coisa alguma, entre densa névoa e céu fechado, que pouco depois se transformou numa leve chuva. Conversamos com pessoas de variadas cidades e regiões que também estavam lá em cima. E todos, que tinham ido até o cume, tinha a mesma opinião. Que nunca tinham passado tanto aperto como naquela noite. Quando perguntei se iriam voltar ano que vem, as respostas eram as mais diferentes. Um disse: “Deus que me livre! Eu nunca mais volto nesse lugar!”. Outro: “Já sofri demais para uma vida”. E um: “Sim, mas vou voltar mais bem equipado”.
E nós, o que faremos em 2008? Eu pretendo voltar e poder ver aquilo pelo qual, em vão, fui motivado a passar por tudo isso: O sol nascer.
Fica assim então.
Obrigado amigos!
Leonardo (Eu), Brunão, Daniel, Wladimir, Lívio, Fernanda, Flaviano, Monalisa, Flavinho, Tica e sua amiga de Ouro Preto.
Lembro-me quando estava a minha turma deitada, descansando para a grande subida, quando passou um garotinho correndo e gritando: “Zerou! O termômetro zerou!” Está fazendo zero grau! Só vi algumas pessoas saindo de dentro de suas barracas. Após esse momento, algumas pessoas prepararam sua alimentação no fogareiro, e após isso tentaram em vão descansar definitivamente, uma vez que um dos grupos estava cantarolando em alto e bom som. Tentei dormir, mas consegui apenas tirar alguns cochilos. Estava muito frio. Nos amontoamos feito filhotes de rato, um em cima do outro, para tentar um calor. Durante todo o dia e noite olhávamos para o céu, pois só poderíamos subir caso o céu estivesse limpo e sem perigo de chuvas. Por várias vezes o céu ficou nublado e outras muitas, limpo, aumentando cada vez mais nossas expectativas. A lua estava cheia e linda, clareando todo o acampamento, sem precisar em alguns momentos clarear com a lanterna por onde andávamos.
Às 2:00 a grande maioria estava acordada se preparando e preparando os outros para a subida. Eu estava com uma luva, duas meias, gorro, três blusas de frio e duas calças. Às 3:00 partimos em direção ao cume. O céu estava limpo e estrelado. Tudo mostrava que ia ser perfeito o nascer do sol.
A maioria ia subir pela primeira vez ao pico e mais outras pessoas que já haviam subido anteriormente. Estávamos ansiosos para saber o que nos esperava lá em cima. Tínhamos que subir 4,5 km, e em subidas cada vez mais íngremes. Durante a subida o clima foi mudando. Aquele tempo gostoso e friozinho foi ficando cada vez mais instável. Foi formando uma pequena névoa e um ventinho que nos dava arrepios. Fomos colocando mais agasalhos e bebendo conhaque para aquecer. Pensamos que aquela névoa ia passar, mas ao contrário: aumentou cada vez mais e se transformando em um chuvisco e engrossando até formar uma grossa chuva. Assim também foi o vento, de uma leve brisa, se transformou num vento forte. As gotas de água gelada juntamente com o vento, iam batendo em nossos rostos, como se fossem alvejados por pedras, tão grande era a dor que sentíamos. A subida estava cada vez mais difícil, cada vez mais íngreme e, como se não bastasse, chovia. Sabíamos que não ia ser nada fácil chegar e ficar no cume esperando o sol nascer. Estávamos preparados mental e fisicamente para o frio e o vento, mas não para a tempestade. Algumas pessoas até cogitaram desistir e retornar. Após uma difícil subida e debaixo de uma forte chuva e ventania, finalmente chegamos aos pés do Cristo fixado no cume, a exatamente 2892 m de altitude. Era exatas 5:00. Só dava pra ver pequenos grupos amontoados em blocos para tentar fugir da ventania e da chuva. Fizemos a mesma coisa: aglomeramos-nos numa pequena fresta entre a rocha e a terra e tentamos com o cobertor nos cobrir. Tentávamos ficar o mais próximo um do outro e compartilhar o calor de nossos corpos. Os dedos das mãos e dos pés já estavam doendo. Ficávamos respirando por debaixo da coberta para aumentar o calor. Nessa hora ouvi uma pessoa gritar: - “Está dando -4°!”. Não acreditava no que tinha ouvido. Começou aí nosso sofrimento que duraria um bom tempo. Tremíamos, senti dores como nunca havia sentido. Ficamos imóveis tentando nos aquecer.
O sol, segundo dados da internet, começaria a nascer por volta de 6:12. Estava ventando muito forte e a chuva nos alvejava o rosto, e doía como laminas cortando a carne. Nossos ossos pareciam estar trincando de tanta dor. Entramos entre duas rochas e ficamos cada vez mais unidos segurando o cobertor que o vento insistia em nos tirar. Estava muito mais frio e ouvíamos o barulho das juntas duras pelo frio, quando mexíamos as mãos e os pés para circular o sangue. O vento, segundo outros que lá estavam, soprava a 75 km/h. O frio era tão grande que não só eu, mas todos os que estavam lá em cima, já estavam se acostumando com a idéia de que não agüentaríamos mais. Nunca senti tanto frio e aperto na minha vida. Nossa esperança era que o sol nascesse para nos aquecer, mas foi em vão. O frio não cessou.
Já por volta de 7:00, começamos a descer, pois o sol já havia nascido, e se ficássemos ali, íamos morrer congelados, mas nos aqueceríamos com o movimento na descida. Quando saímos do meio das duas rochas, aquela chuva junto ao vento, que nos chicoteava o corpo e que nos tirava o cobertor, dificultava também nossa caminhada, de tão forte que estava. Já não sentia os dedos dos pés e das mãos. Parei por um instante e tirei minha luva, imaginando que veria meus dedos e unhas roxos. Fiquei mais calmo quando vi que ainda estavam normais. Aquela passada de onde estávamos até a descida do cume, também foi terrível. Durante o tempo que passamos lá em cima, não dava pra ver 5 m a frente por causa da neblina e chuva. Assim que começamos a descer escutei uma pessoa que estava de posse de um termômetro reclamar do frio. Segundo ele, a temperatura chegou a -8° naquela dura madrugada. É fato ainda que a sensação térmica pode chegar a 5° a menos que a real quando venta. Então entendíamos o porquê tínhamos sentido tanto frio: com aqueles fortes ventos, a temperatura que sentíamos era em torno de -13°, se não for pra menos por causa da grossa chuva. Algumas pessoas que foram ao pico várias outras vezes, nunca viram tal fenômeno como aquela madrugada. Já ouviram falar em temperaturas de -16°, mas aquela tempestade e ventania, nunca tinham visto igual.
De pouco a pouco, a chuva e o vento iam se amenizando, podendo finalmente nos aquecer com os movimentos da descida. Podia se ver sobre as toucas, uma fina camada de gelo. Quando faltavam uns 3 km para chegar ao terreirão (acampamento), o poderoso sol saiu limpando todo o céu e também nos aquecendo. Podíamos ver lindas paisagens: montanhas e vales verdes. Daí, pude ver, pensar e reconhecer o quão maravilhosa, poderosa e ao mesmo tempo severa era a Mãe Natureza.
Na descida pude notar o cansaço estampado no rosto de cada um pelo sofrimento, dor e frustração de não ter visto o mais lindo fenômeno do Pico da Bandeira: ver o sol nascer lá em baixo por entre montanhas e por cima de um mar de nuvens, formando a mais bela imagem. Fico pensando: ir ao Pico da Bandeira e não ver o sol nascer, é como ir à Praça de São Pedro num domingo e não assistir ao Ângelus dado pelo Papa, para um católico. Não faz sentido. E mesmo assim, estávamos felizes por ter aguentado e sobrevivido àquela experiência.
Talvez julgue um pouco exagerada essa narrativa, mas só entende o que passamos e sentimos lá quem passar pela mesma experiência.
Chegamos ao terreirão por volta de 9:00, debaixo de um forte sol. O pessoal já estava desarmando acampamento para descer. Esperamos reunir todos que subiram, lanchamos e tiramos algumas fotos para recordar aquele dia.
Quando estava tudo pronto, descemos para a tronqueira. Saímos do terreirão sobre forte sol, e chegamos à tronqueira por volta das 10:00 e coisa alguma, entre densa névoa e céu fechado, que pouco depois se transformou numa leve chuva. Conversamos com pessoas de variadas cidades e regiões que também estavam lá em cima. E todos, que tinham ido até o cume, tinha a mesma opinião. Que nunca tinham passado tanto aperto como naquela noite. Quando perguntei se iriam voltar ano que vem, as respostas eram as mais diferentes. Um disse: “Deus que me livre! Eu nunca mais volto nesse lugar!”. Outro: “Já sofri demais para uma vida”. E um: “Sim, mas vou voltar mais bem equipado”.
E nós, o que faremos em 2008? Eu pretendo voltar e poder ver aquilo pelo qual, em vão, fui motivado a passar por tudo isso: O sol nascer.
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